COLUNA OBSERVATÓRIO. A pergunta: com Paniz no comando, um PP mais ideológico?

Vai mudar bastante o Partido Progressista da boca do monte. Atenção: não se trata de juízo de valor; isto é, se vai melhorar ou piorar. Apenas será diferente. A coluna avança: beeeem diferente. Tudo por conta da convenção municipal que acontece na tarde deste sábado, e que, além de um diretório consensual, elegerá a nova Executiva.

Sai Marcelo Dalla Corte, de perfil conciliador, e que se torna vice-presidente, e assume a presidência Erony Paniz. Que, não há dúvida, é um sujeito conservador. O que, nunca é demais lembrar, não é ofensa. Ao contrário, se trata de alguém que defende suas ideias e as do partido. Sem transigência. Foi assim a vida toda e não há indícios que modifique o comportamento agora.

Na prática, o que significa? Muito provavelmente, uma direção mais ideológica, pautada pelo cumprimento rígido das regras internas e dos preceitos que nortearam a fundação da Arena, do PDS, do PPB e por fim do PP (as quatro denominações do partido, ao longo dos últimos 45 anos).

Exemplo? Paniz não pretende condescender em questões singelas como o pagamento da contribuição partidária. E tem gente graúda que será cobrada, por parcelas atrasadas.

Outro exemplo? Discussão com parceiros eleitorais se dará em cima de programa e não de indivíduos. Assim, a negociação política se dará entre partidos, e não entre pessoas. Mais especificamente: acordo entre PMDB e PP será firmado pelos presidentes, não por Schirmer e Farret.

Vai funcionar? Bem, esse é o estilo Paniz. E é o escolhido pelo Partido Progressista em convenção. Logo…