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A CAMINHO. Para conter crise, novo núcleo político de Dilma começa a negociar liberação de emendas parlamentares

Presidente ativou balcão de negócios com o Congresso, cujo arsenal envolve a distribuição de cargos, afagos a líderes partidários, agendamento de audiências e reuniões, e, sobretudo, promessa de liberar dívidas pendentes até o fim do ano

Balcão de negócios? Bem, talvez seja um termo forte demais. Mas é verdadeiro. Ainda que o objeto, aqui, seja a política. Ou, mais precisamente, a necessidade de fortalecer apoios e garantir outros, além de recuperar alguns perdidos. Onde? Na relação entre o Palácio do Planalto e o Congresso.

E tudo acontece logo depois da crise que envolveu o governo e a base aliada. Mas, em que circunstâncias a coisa será feita e como será? Vale a pena conferir o material publicado hoje, pelo jornal O Estado de São Paulo. A reportagem é de João Domingos. A seguir:

Dilma autoriza ministras a negociar prazo para ‘restos a pagar’ e emendas

…Na tentativa de se aproximar mais do Congresso e garantir a aprovação de projetos importantes para o governo, como a medida provisória que cria um regime diferenciado de licitação para as obras da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016, a presidente Dilma Rousseff ativou o seu balcão de negócios. Um arsenal que envolve agilidade na distribuição de cargos, rapapés com líderes partidários – rituais que até então a presidente se recusava a incorporar – e liberação de emendas parlamentares.

O governo já acena com a possibilidade de negociar com os deputados e senadores da base aliada a liberação de 50% do Orçamento deste ano destinado às emendas parlamentares feitas para contemplar obras em suas bases eleitorais. A presidente autorizou ainda as duas auxiliares escaladas para o núcleo político – Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) – a dizerem que até o dia 15 de julho definirá o que vai fazer com os chamados “restos a pagar” – dívidas de quase R$ 28 bilhões do governo de Luiz Inácio Lula da Silva com Estados e municípios cujos recursos ainda não foram repassados a obras iniciadas em 2009 e 2010…”

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