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FATO E VERSÃO (2). Schirmer jura que não papeou com Tarso. Mas há um novo contexto político em formação

Foram muitas informações. E contra-informações, entre a quinta-feira e este domingo. Difícil discernir o que é o que, mesmo para um experimentado observador das questões políticas locais. Tudo por conta do que pode ou não acontecer no confronto eleitoral de 2012. Você leu, na nota anterior, mais abaixo, o que seriam o fato (verdadeiro) e a versão (desastrosa, para o PT) do encontro entre o governador e o trio de ouro do petismo da boca do monte, envolvidos numa discussão para saber quem (e se vai, nessa altura) concorrerá à Prefeitura, contra Cezar Schirmer.

Há um subproduto daquele encontro de quinta, porém, que insiste em se colocar no jogo. O editor recebeu a informação, na sexta, sobre um eventual encontro, também no dia anterior, em Porto Alegre, do qual teria participado o prefeito (PMDB), igualmente com o governador. E no Palácio Piratini. E logo depois do trololó dos petistas.

Neste sábado, logo após o já tradicional “café ecumênico” (*), ao qual o prefeito compareceu quando todo mundo já ia embora, foi possível perguntar diretamente a Schirmer. Ele negou peremptoriamente: não, não esteve com Tarso na quinta. O editor julga conveniente não duvidar da palavra do comandante da comuna.

Foram pelo menos 15 minutos de papo, que se estendeu rua afora, enervando os dois acompanhantes de Sua Excelência, que ficaram no interior do carro oficial, e por certo preocupados com o atraso inevitável para outro compromisso. Mas foi muito bom o papo.

Schirmer não pediu segredo. Nem reservas. Por prudência e até por alcançar terceiras pessoas que não vêm ao caso, há o que é impossível dizer. No entanto, o editor, com base na conversa, e com os fiapos decorrentes da conversa, pode afirmar, sem nenhum constrangimento, o seguinte:

1) Há uma relação fraterna pessoal e politica entre o prefeito e o governador. Mas o encontro de quinta, pelo menos pessoalmente, não houve meeeesmo.

2) O deputado Mendes Ribeiro Filho, líder do governo Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, está nessa condição por ser amigo da Presidente. E não por indicação de Tarso Genro. Mas acabou virando interlocutor dos palácios Piratini e do Planalto. Lembre-se: Ribeiro Filho é do PMDB e amigo de Schirmer. E, por consequência, também contato entre Brasília e Santa Maria.

3) O que isso tem a ver com 2012? Embora respeite as opiniões petistas, deduziu o editor, sem precisar fazer muito esforço, que Schirmer não enxerga com olhos exatamente ruins uma relação boa com o PT em nível municipal.

4) O prefeito não vê possibilidade alguma de aliança formal (sabe que petistas de todos os tamanhos não engoliriam essa, nem muitos peemedebistas). Mas admite, e isso ficou claríssimo nas franjas do papo sabatino, divisão de poder com o PT a partir de 2013, inclusive com a participação dos neoaliados em secretarias de governo. Sim, isso ele falou TEXTUALMENTE.

5) Aí, a óbvia dedução claudemiriana: pode estar sendo gestado agora, por conta das indefinições petistas, do estilo do prefeito e da própria conjuntura estadual e nacional, um novo eixo de poder no município. Exagero? Bueno, talvez seja o caso de aguardar. E guardar esse texto. E, por fim,

6) Se um novo contexto político/partidário se aproxima, ainda nesta década, é de supor que também o bloco oposicionista tenha um contorno diverso do atual. E na eterna polarização política local e regional, surge espaço para um grupo mais à direita. Quem o lideraria? Alguém tem dúvida que este é o lugar que começa a cavar (não necessariamente para 2012 e nem de caso pensado) o tucano Jorge Pozzobom? Mas aí já é outra história. E não cabe neste momento, nem nesta nota.

(*) O “café ecumênico” é um encontro sabatino de amigos e parceiros de conversa, que gira invariavelmente sobre política. Mas pode ser (e, não raro, é) qualquer outro assunto, em especial futebol e coisas da cidade. Além do editor deste sítio, que desde sempre toma cafezinho (com sua família) no mesmo lugar, e que aos poucos começou a ser visitado pelos demais, são habituais os pioneiros Robson Zinn (com a família) e Maicon Di Giacomo. Em seguida (e já faz algum tempo) se aquerenciaram também Tiago Machado, Luciano Ribas, Ricardo Blattes, Clayton Coelho (falecido) e Jorge Pozzobom (com a família).  Outro que aparece, mas não sempre, é Marcelo Dalla Corte (com a família).

Mais recentemente se incorporaram ao grupo também os jornalistas José Mauro Batista e Luiz Roese e o advogado Juliano Soares (Juba). É visita frequente, e sempre bem-vinda, o prefeito Cezar Schirmer – este, não raro, acompanhado de assessores. Trata-se, a bem da verdade, de encontro de amigos, sem qualquer compromisso com informação ou coisa parecida. Ainda que elas sempre surjam, ao longo do papo. Onde é? Bem, os que participam sabem. Ah, e não é necessário convite. Amigos podem aparecer, sempre.

No deste sábado compareceram este editor (com a família), Robson Zinn (com a família), Tiago Machado, Maicon di Giácomo, Ricardo Blattes e, no momento em que todos já estavam indo embora, o prefeito Cezar Schirmer. Por sinal, sem assessores.

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