Big Brother. Após o cartão do torcedor, idéia é cadastrar internautas. Ai, ai, ai, ai, ai!
Aqui mesmo já se protestou contra projeto do senador Eduardo Azeredo (foto), do PSDB de Minas Gerais, que acabava exatamente com o maior feito da internet – guardadas as devidas proporções (inclusive a por enquanto limitada participação) um grande espaço democrático. Pois, agora, a idéia parece ser do próprio governo, que estuda proposta para, a pretexto (correto) de coibir os crimes de internet, criar uma espécie de cadastro dos internautas.
Entendo que até se pode discutir isso. Mas com uma condição: não podemos transformar a grande rede num enorme big brother (muito pior que aquela bobagem televisiva). Aliás, salvo melhor análise, se trata de algo muito parecido com outra asneira, a criação do cartão do torcedor – muito bem criticado por Bruno Lima Rocha e Felipe Fonseca, em artigo publicado nesta quarta-feira.
Para saber mais dessa idéia esdrúxula e, aparentemente, antidemocrática, acompanhe reportagem publicada pelo sítio especializado Congresso em Foco. O texto é assinado por Mário Coelho, com foto de Valter Campanato, da Agência Brasil. Confira:
Contra o crime, mais controle sobre os internautas
Ministério da Justiça defende mais rigor na identificação de usuários da rede. Proposta em estudo inclui cadastro com número do RG e nome dos pais de quem navega
O Ministério da Justiça (MJ) deve apresentar nas próximas semanas um projeto que, caso aprovado, diminuirá consideravelmente a privacidade do usuário de internet. O texto vai aumentar o rigor na identificação dos internautas, exigindo dos provedores de acesso dados como o número do RG e nome dos pais de quem está atrás do computador durante toda a navegação. O objetivo é coibir a prática de crimes na rede.
A ideia do MJ seria similar a um taxista que, quando parasse para pegar um passageiro, exigisse o nome, o RG e a filiação para começar uma corrida. Segundo o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), autor do substitutivo ao Projeto de Lei (PL) 84/99, que muda o Código Penal para tipificar condutas relacionadas ao uso de sistema eletrônico ou da internet, o ministério quer a inclusão de pontos que não foram discutidos até hoje pelo Congresso.
O Ministério da Justiça quer alterar alguns pontos do projeto. Entre eles, a pasta propõe a identificação do usuário durante a navegação na internet, disse ao Congresso em Foco o senador, que foi informado pelo próprio ministério da mudança. A proposta é mais restritiva do que a elaborada pelo tucano. No texto que tramita na Câmara, os provedores seriam obrigados a guardar todos os registros de navegação de seus usuários – onde entraram, quanto tempo ficaram – em seus arquivos. O texto diz que eles seriam acessados somente com decisão judicial…
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SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, também outras reportagens produzidas e publicadas pelo sítio especializado Congresso em Foco.
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