OBSERVATÓRIO. Há as secretarias nobres. Para elas sobram os candidatos. Mas tem também o patinho feio

Luneta

Morte de Abdo Mottecy, na noite de terça, é, também, o fim de uma época. Afinal, militante na essência, ideológico acima de tudo, como ele, é artigo cada vez mais raro.

Desaparecimento de Abdo, de outra parte, confirmou o que é cada vez mais visível: a total falta de agilidade da prefeitura. Só após o enterro houve manifestação oficial e decretação do luto.

Antes, inclusive via internet, no início da madrugada e menos de três horas após a morte tornar-se pública, a Câmara já havia lançado sua nota de pesar.

Justiça se faça: partidos aliados, especialmente o do veterano militante, o PMDB que ele fundou, esteve presente desde o primeiro instante, através de seu presidente, Robson Zinn.

Tem tudo para ser a estrela da reforma administrativa, do ponto de vista do cidadão ao menos, a Ouvidoria reforçada que Schirmer propõe. A conferir, no entanto, a eficiência.

É cargo, porém, sem disputa partidária. Não dá visibilidade política e, na outra ponta, significa – se o(a) titular trabalhar, claro – incomodação. Inclusive com aliados.

Saúde é sacrifício, Educação também. Mas dão voto. Nesses, o problema é outro: o prefeito não encontra nomes capazes de galvanizar.

É até possível que servidores de carreira sejam escalados para a missão – o que desespera os aliados, que gostariam de ocupar as funções, não obstante as dificuldades.

Pepino dos grandões também é a (ainda que desidratada) secretaria de Mobilidade Urbana, um cargo considerado da alçada “do PDT”.

Virou consenso no Palacete da SUCV que o desgaste do atual secretário, Miguel Passini, pode inviabilizar sua permanência. E o partido não tem outro nome. Ao que se sabe.

Já tem gente chamando José Farret de “prefeito”. A relação dele com o verdadeiro, não deve trazer maiores incômodos – mas é um dos subprodutos da reforma proposta pelo próprio titular, Cezar Schirmer.

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