Com um minuto de duração, o comentário do editor, originalmente divulgado há meia hora, na Rádio Antena 1. Diariamente, de segunda a sexta, ele é reproduzido aqui, com a autorização da direção da emissora.
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Se forem colocados 10 cientistas políticos numa sala e pedir para os mesmos elaborar um projeto de reforma, vai ser feio. Imagine 513 deputados. Há uma idéia disseminada (por alguns, com objetivo bastante claro) de que o Congresso não votará algo que dificulte a reeleição dos atuais ocupantes de cargos. Fosse assim, alguma reforma estética teria saído. Problema é bem maior.
Já vi cientista político defendendo o fim das coligações nas proporcionais. E outro discordando, dizendo que bastaria proibir a soma dos tempos de rádio e televisão. Estão com a síndrome da bala de prata e todo mundo pensa que a bala de prata dos outros é falsa. Pior, não existe maioria definida.
Defendo o voto distrital misto. Há quem diga que o Zé da Silva de Uruguaiana pode ter vontade de votar no João da Silva de POA. Só que o João da Silva uma vez eleito não vai se preocupar muito com Uruguaiana porque a maioria dos votos dele não saíram de lá. Basta mapear os recursos que os parlamentares "buscam" em BSB e comparar com o mapa eleitoral. Alguém pode argumentar que os assuntos comuns ficam em segundo plano, os assuntos locais tomam o primeiro lugar. Educação, saúde, segurança, saneamento básico e pichações são assuntos locais? Além disto, é o sistema que os atuais políticos não gostam muito, o que é positivo.