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MEMÓRIA. Se vai outra veterana militante da comunicação. Morreu Rhéa Sylvia Gartner

Rhéa, em outubro de 2010, quando autografava livro sobre suas experiências africanas (foto Divulgação/Sedufsm)

Que coisa! Gostava muito dela. Embora não tivesse sido aluno – como dezenas de colegas que sempre falavam bem daquela professora. Mas a entrevistei, na “falecida” CDN, num programa memorável de uma hora. É a lembrança gostosa que tenho de Rhéa Sylvia de Lourdes Frasca Gartner. Ela morreu no início da madrugada de hoje, bem pertinho de completar 77anos.

Reproduzo, a seguir, nota da Seção Sindical dos Docentes, assinada por seu presidente, Rondon de Castro. E, em seguida, do sítio da entidade, texto do professor Diorge Konrad, do curso de História da UFSM. Acompanhe ambos:

“É com pesar que a diretoria da SEDUFSM informa o falecimento da professora sindicalizada e militante do movimento docente RHÉA SYLVIA DE LOURDES FRASCA GARTNER.

A atriz, jornalista e professora aposentada da UFSM faleceu no início desta madrugada do dia 1º de maio, e será velada na capela 2 do Hospital de Caridade, nesta terça-feira, a partir das 9 hs da manhã e será sepultada às 16 hs, no Cemitério Ecumênico.

Professor Rondon de Castro – Presidente da SEDUFSM”

O TEXTO DE DIORGE KONRAD:

“Quando um homem morre é como se uma biblioteca inteira se incendiasse”

(Antigo provérbio africano citado na contracapa do livro Uma jornalista conhecendo os ensinamentos da ancestralidade e convivendo com a sabedoria da Etnia Bijagó, de autoria de Rhéa Gartner)

No início desta madrugada do 1º de maio de 2012, em torno da 1 h da manhã, quis a História que fosse no Dia do Trabalho, faleceu a atriz, jornalista e professora aposentada da UFSM, Rhéa Sylvia de Lourdes Frasca Gartner.

Formada pela UFRGS, em 1958, iniciou no Diário de Notícias e escreveu em diversos jornais do interior como crítica de arte.

Na UFRGS também estudou teatro, sob a direção do professor italiano RuggeroJaccobi, se tornando atriz do Teatro Universitário de Porto Alegre e de inúmeras outras peças, além de atuação em curtas-metragens, inclusive em Santa Maria, em Cinza e vermelho, dirigido por Kitta Tonetto e em Hamartia, de Rondon de Castro. Homenageada local da 6ª Edição do Santa Maria Vídeo e Cinema, especialmente pelo pioneirismo de mostras audiovisuais na organização nas “Mostras de Vídeo In Cone Sul”, entre 1990 a 1993. No lançamento do 6º SMVC, em 14 de março de 2007, disse emocionada: “Foi um presente que eu ganhei após 17 anos da 1ª Mostra Conesul de Vídeo”.

Gostava de contar que participara da Campanha da Legalidade e que auxiliara na comunicação do governo do Rio Grande do Sul. Em 1964, conta em seu livro, “fui mandada embora para qualquer lugar do mundo, pois era considerada ‘persona non grata’ no Brasil pelos militares que estavam assumindo o poder”. Rhéa continua: “Então, fui para a Espanha estudar um curso Superior de Turismo da Universidad de Madrid. Lá permaneci por dois anos, de 1964 a 1966, exercendo a função de Correspondente no Exterior para o ‘Jornal do Dia’, um jornal católico de Porto Alegre…”

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5 Comentários

  1. Grande e querida professora…parece triste em um primeiro momento, mas será que ela finalmente não sucumbiu ao poder da mãe natureza e exatamente no momento em que seus alunos se reencontraram nos prova o que é realmente um legado de grande mestra? como nos filmes que ela adorava…cito Tomates Verdes Fritos: Uma verdadeira dama sabe a hora de se retirar!

  2. Mesmo longe da terrinha, tento me manter informado. Leio aqui, sobre a morte da Rhéa (nunca gostou de senhorias). Tive o privilégio de ser seu aluno, quando o Curso ainda era na Antiga Reitoria (com o DADECA, lá nos 70). Em suas aulas de Turismo, Rhéa fazía-nos sonhar sobre a Espanha dos arabescos, dos trovadores, dos califados e belezas ímpares, fazendo que, por um breve tempo, esquecêssemos a rudeza do regime militar e a falta de condições-equipamentos do iniciante Curso de Comunicação Social. Rhéa querida: estarás sempre em nossos corações.

  3. Já tinha ouvido falar muito da professora RHÉA SYLVIA DE LOURDES FRASCA GARTNER. Todos falavam doce e destacadamente dela. Me lembro da Carolina Berger dizendo tantas coisas lindas da RHÉA. Fomos – juntos os colegas de coordenação do SMVC – ao apartamento dela ali na Venâncio Aires, convidá-la para ser homenageada do festival. Que generosa que ela foi conosco ao aceitar. Suas palavras de agradecimento emocionaram e marcaram para sempre. Naquele ano ela participou de todas, todas as atividades do festival. RHÉA SYLVIA ao ser homenageada entregou, no palco do Theatro Treze de Maio, uma rosa a cada um de nós descrevendo qualidades, um a um. De homenageada, homenageou. Essa atitude dá a exata dimensão de sua personalidade. Foi pioneira no teatro, no cinema, nas artes, na comunicação, em suas pesquisas, enfim. Estamos todos imensamente tristes por essa notícia. Seu trabalho fica para sempre! Ela está em nossos corações. Muito obrigado Professora RHÉA!!!

  4. Soube agora pelo Claudemir do falecimento de RHÉA SYLVIA DE LOURDES FRASCA GARTNER, minha professora inesquecível, sinônimo de paixão pela comunicação e de uma maneira emocionante de viver. Fico imensamente triste e ao mesmo tempo afirmo que foi uma das alegrias da minha vida ter aulas com este ser humano incomparável. Encontrei-a ainda ontem, dia 30 de abril, e tive a oportunidade de abraçá-la sem saber que era a última vez. A Rhéa permanece viva entre as minhas melhores lembranças!
    Eugenia Mariano da rocha Barichello

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