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Ingresso na UFSM – por Felipe Martins Müller

Após o artigo de estreia, mostrando que a UFSM – Universidade Federal de Santa Maria, devido a sua expansão, acrescentou a economia local, por ano, mais de R$ 86 milhões de reais, vamos tratar de como estamos organizando nosso processo de ingresso e reingresso nos cursos de graduação.

A UFSM, nesses últimos 6 anos, aumentou seu número de estudantes em mais de 12 mil, chegando próximo a 30 mil. Isso fez com que a universidade necessitasse planejar essa expansão, tanto no que se refere à infra-estrutura, quanto aos procedimentos administrativos para tratar esse aumento de mais de 2 mil estudantes por ano, que aliás, trás grandes reflexos para a vida de nossa(s) cidade(s) e seus campi.

O primeiro procedimento foi unificar o processo seletivo da UFSM, mantendo a filosofia do regime seriado e adotando a nota do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) como parte da nota de ingresso, valorizando um exame nacional e protegendo a universidade quanto a manutenção do seu processo seletivo próprio. Podemos dizer que era quase impositivo pelo governo federal a adesão ao SISU (Sistema de Seleção Unificada) que permite a candidatos de todo o Brasil poderem participar das vagas ofertadas pela UFSM. Lembrando que hoje, no Rio Grande do Sul, entre as federais, somente a UFSM e a UFRGS ainda mantêm um sistema de seleção próprio.

O segundo procedimento foi marcar a data do vestibular para dezembro, no período equivalente em que era realizado o PEIES (Programa Especial de Ingresso no Ensino Superior) e escolher algumas das cidades em que eram realizadas as provas do PEIES (as quais ultrapassavam uma centena) para realizar o nosso processo seletivo, chegando a esse ano com o número de 20 (duas a menos que 2011). Isso permitiu e permite que os quase 50 mil candidatos à UFSM realizem suas provas em condições de igualdade, e para que pudéssemos processar esse acréscimo de estudantes no sistema acadêmico oficial em tempo hábil, isto é, que todos os selecionados estejam aptos a iniciarem o ano letivo (normalmente na primeira semana de março). Além disso, essas mudanças permitiram que, apesar da pressão do governo, tivéssemos as justificativas necessárias para manutenção de nosso processo seletivo próprio sem aderir totalmente ao SISU.

Outro ponto que devemos levar em consideração são as vagas ofertadas nos editais de ingresso e reingresso da UFSM. Essas vagas são oriundas de abandonos, cancelamentos, transferências e, eventualmente, falecimentos.

Fazendo um levantamento, desde 2005, vimos que a evasão semestral ficava em torno de 3,5% do total de alunos matriculados, enquanto que o total de vagas oferecidas através dos editais de ingresso e reingresso ficava em torno de 2%. Isso gerou um passivo de vagas não ocupadas dentro da universidade que iniciou a ser minimizado a partir de 2009.

Ressaltamos que ano de 2009 foi ano atípico, por dois fatores, o primeiro é a sanção da Lei No. 12.089 de 11 de novembro de 2009, proibindo que um estudante tivesse matrícula, simultaneamente, mais de um curso de graduação, em instituições públicas federais de ensino superior. O segundo é a transformação do ENEM em processo seletivo para as IFES (Instituições Federais de Ensino Superior através do SISU, que junto com a expansão através do REUNI, aumentou a oferta de vagas e a possibilidade de acesso ao ensino superior a uma maior parcela da população brasileira.

Isso fez com que a partir de 2009, a UFSM atingisse um percentual de evasão semestral, em torno de 5%, que se mantém até hoje. Mas com bastante trabalho de convencimento interno estamos oferecendo, nos dois últimos semestres, vagas de ingresso e reingresso na ordem de 10% do número de alunos matriculados, recuperando um passivo histórico, que esperamos estabilize no próximo semestre. Ou seja, o número de vagas geradas pela evasão será compensado através dos editais de ingresso e reingresso, tornando o balanço próximo de zero, otimizando assim a ocupação das vagas da UFSM.

Isso não nos exime de estarmos sempre trabalhando no sentido de minimizar os percentuais de evasão e trabalhar constantemente na qualificação de nossa estrutura e de nossos recursos humanos, situação que se reflete nas boas avaliações que viemos recebendo em todos os níveis e órgão de controle dos cursos de graduação. Afora a melhoria constante para acesso dos estudantes em situação de vulnerabilidade social às estruturas de Assistência Estudantil, consideradas entre as melhores do Brasil, tema este que trataremos em outra oportunidade.

Diante disso, esperamos que as pessoas continuem a conhecer ainda mais a UFSM e que se inscrevam  no nosso concurso vestibular a partir de 2 de julho de 2012, ou mesmo através do SISU para as vagas da Unidade de Silveira Martins e Frederico Westphalen já para o segundo semestre de 2012.

Felipe Martins Müller

 

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