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GREVE DOCENTE. Sindicato nacional só vai decidir nesta sexta. Mas, se depender da UFSM, já acabou

Grande maioria da assembleia da UFSM quer o fim da greve. Última forma será na terça

A presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes/SN), Marinalva Oliveira, informou à repórter Thais Leitão, da Agência Brasil, que somente nesta sexta-feira a organização divulgará a DECISÃO sobre o fim ou a manutenção do movimento paredista que começou há 100 dias.

Ao editor parece evidente que, se depender da direção nacional do Andes, que radicalizou a greve a partir de determinado momento, o fim não será agora – tamanho é o inconformismo com a aceitação do acordo por parte do sindicato rival (e minoritário), o Proifes. E apesar de algumas instituições vinculadas ao Andes, especialmente a Universidade de Brasília (UnB), já terem fechado com a ideia de retomar as atividades.

No entanto, conforme Marinalva, mais de 40 assembleias aconteceram nos últimos dois dias e os resultados não foram consolidados. Daí porque uma definição apenas nesta sexta. Isso, embora o governo já tenha deixado claro que a negociação em torno de salários já terminou, a partir da proposta que prevê reajustes entre 25% e 45% nos próximos três anos, acordada com o outro sindicato.

Mas, e em Santa Maria? Aqui aconteceu, na UFSM, a maior assembleia desde a deflagração da greve, em meados de maio. Como este editor antecipou, em comentário feito na rádio Antena 1, na manhã passada, e reproduzido AQUI, se os contrários à greve fossem à reunião, a paralisação acabaria. Eles foram. E ela terminará.

É verdade, e isso também parece evidente, pelo que se lê na página da Seção Sindical dos Docentes, que a maior parte dos dirigentes sindicais, afinada com o Andes, quer continuar. Mas não é menos verdade que, na assembleia, em flagrante maioria, os favoráveis ao fim do movimento foram vitoriosos. Se descontar os 15 votos do campus da UFSM em Frederico Westphalen, a diferença seria ainda maior. Ao final, tudo computado, foram 93 a 58. Ah, claro, vai se esperar até terça-feira, para novo encontro definir tudo. Mas alguém acredita em mudança, apesar da posição do Andes? Não este editor.

Mas, bem, confira você mesmo o material a respeito da assembleia desta quinta, publicado no sítio da Sedufsm. O texto e a foto são de Fritz R. Nunes. A seguir:

Futuro da greve pode ser definido terça que vem

…A continuidade ou o término da greve dos professores deve ser definido na próxima terça, 4 de setembro, às 14h, em nova assembleia que ocorrerá no Auditório Loi Berneira (C, da Química). Essa foi uma das deliberações da plenária que ocorreu na manhã desta quinta, no campus da UFSM. Com a presença de 158 docentes em Santa Maria e mais 15 na assembleia descentralizada do Cesnors, em Frederico Westplahen, foi aprovado o indicativo para o Comando Nacional de Greve de finalização do movimento paredista. O resultado se deu em uma votação em que se somaram 93 favoráveis ao indicativo e 58 contrários, incluídos os votos do Cesnors.

O que foi definido em Santa Maria será encaminhado para o cômputo dos resultados das assembleias que estão ocorrendo nesta quinta e sexta em todo o país. O principal argumento para que a categoria volte a debater a manutenção ou o fim do movimento em plenária específica é o fato de que para a assembleia desta quinta não constava como ponto de pauta o término da greve, e, ao ser incluído o tema, prejudicou um debate mais amplo, especialmente no Cesnors.

Também pesaram falas de veteranos do movimento docente, como é o caso do professor do departamento de Hidráulica e Saneamento, João Batista Dias de Paiva, de que a greve é por uma pauta nacional e, que, encerrar a paralisação hoje (quinta) seria um desgaste para um movimento, que é nacional, e até o momento tem sido forte…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

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3 Comentários

  1. Eu acho que a partir de agora é “chover no molhado”! Está na hora de voltarem às aulas pois no fim das contas os mais prejudicados serão os alunos…..

  2. Perdão aos leitores e ao editor, mas há ainda um outro reparo: não há porque que se cogitar descontar ou não os votos dos doscentes do Cesnors. Eles são parte integrante da UFSM.
    Fritz Nunes
    Assessoria de imprensa da SEDUFSM

  3. Há que se fazer um reparo nesta nota: a diretoria do ANDES não define o fim ou a continuidade da greve. Existe um Comando Nacional de Greve, com representações de seções sindicais de todo o país que, através de seus comunicados, orienta as bases em suas assembleias sobre qual o melhor rumo a tomar. Contudo, as assembleias são soberanas. Até este momento, o balanço de boa parte das assembleias do país é pela continuidade do movimento. E, se assim se mantiver, é assim que o Comando Nacional possivelmente orientará.
    Por outro lado, ‘indicativo de fim da greve’ não é fim da greve, assim como ‘indicativo de greve’ não significa entrada imediata em greve.
    Atenciosamente.
    Fritz Nunes
    Assessoria de Imprensa da SEDUFSM

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