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OUTRO OLHAR. Depois de 100 de dias de “protesto remunerado”, saída “patética” da greve, diz professor

A interpretação, aposta ao título acima, é deste editor. Pode até não ser exatamente isso. Mas é a conclusão do sítio, para mais um magnífico texto escrito pelo professor Ronai Pires da Rocha, em seu blogue “Coisas do Campo”. Ele se refere a dois fatos bem objetivos.

Um é a reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSM, ocorrida na sexta-feira. Outro é o próprio movimento grevista, que se encaminha para um final melancólico, senão coisa pior, a partir do óbvio fato de que o governo não vai mais negociar, eis que considera encerrada qualquer possibilidade.

E mais: o professor discute a forma como se sairá de uma greve de poucos efetivamente interessados, por mais alarde que se faça. Melhor que o editor, muuuito melhor, inclusive para formar a própria opinião, é ler o que escreve Ronai Rocha – que participou de várias greves. E em todas a saída foi bem mais… bem, confira você mesmo, a seguir:

Os ganhos da longa e branca breve patrocinada pelos órgãos colegiados superiores da universidade

Que a breve iria ser longa e terminar apenas em Setembro, isso se sabia faz muito tempo. O que não se imaginou foi a estratégia de sair dela; pelas beiradas, desorganizadamente, atabalhoadamente, pateticamente. Depois de 100 dias de protesto remunerado, até os mais empedernidos brevistas o abandonam, a começar pela Unifesp de Guarulhos, Unb, Ufrgs, Ufsc; aos poucos descobrimos que em todas elas, a começar pela Federal do Rio, tudo ocorreu como aqui em Santa Maria: o protesto foi de fachada, a partir de uns poucos e voluntariosos cursos, nos quais haviam focos pontuais de insatisfação; apenas em poucas casas, todas elas vítimas da expansão do ensino superior mal administrada – nem sempre pela Dona Dilma – o protesto teve adesão maior. Vide, na região, o caso de Alegrete, por exemplo, ou Frederico.

E surge então o problema: como encerrar um protesto desses? O lema da velha geração de grevistas, a que pertenci, eram apenas três, mas respeitados: não se faz greve de bojo (e essa foi uma delas); não se`entra nem sai sozinho (e estamos vendo as saídas); e não se entra em greve sem uma estratégia de saída. Aqui surge o lado mais patético do protesto em curso. A estratégia de sair consiste em abandonar a bandeira salarial, para que o movimento seja visto como idealista, e dizer que o que interessa é a carreira. A proposta de carreira do Desandes, como se viu abundantemente, nem por sonhos pode ser aceita, pois rebaixa a meritocracia e o “produtivismo”, como eles dizem. Esse rebaixamento do horizonte utópico do Desandes visava uma audiência com o Governo. Mal conseguiram protocolar a proposta. Não haverá audiência nem contra-contra-proposta do governo. Resta o quê? Como eu escrevi faz algum tempo, resta o nada.

Restam algumas coisas, sim. Por exemplo, a tentativa de aumentar o desgaste da reitoria, na esperança de emplacar os temas internos mais adiante: uma estatuinte populista, por exemplo. Resta adiar ao máximo o início do segundo semestre, já mais por birra do que qualquer outra coisa para tentar acumular forças para a pantomima de defesa de algum estudante protestante, batalha máxima que espera o çepe nas quebradas do setembro…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

PARA LER TAMBÉM OUTROS TEXTOS DE RONAI ROCHA, CLIQUE AQUI.

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