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DOCENTES FEDERAIS. Governo pagou pra ver, isolou Andes e vai levar. Há preço, mas greve acaba

Interessante, e paradoxal, a posição do Comando Geral de Greve do Andes, o Sindicato Nacional dos Docentes. A um tempo diz que, “de modo inequívoco, a ampla maioria das AGs (assembleias gerais das universidades federais ainda paradas) apontou, em suas deliberações, a continuidade da greve como forma de continuar a pressão sobre o governo para a retomada das negociações e atendimento de  nossa pauta de reivindicações”.

E mais, aos encontros ora em realização no País, “reafirma a continuidade da greve e a necessidade de avaliação do movimento e da correlação de forças necessária aos enfrentamentos que se impõem, produzindo encaminhamentos e agenda de trabalho”.

Pergunta boba claudemiriana: é para manter a greve ou “avaliar a correlação de forças”? Conclusão claudemiriana (talvez boba, também): está mais que claro que o movimento acabou. E que a base, não obstante o resultado das assembleias gerais, quer que a greve termine o quanto antes – até para que parte do verão seja salva. A maioria, inclusive em Santa Maria, entrou em greve por força da atuação (legítima e forte, registre-se) dos líderes e não vê a hora de retomar as atividades.

O fato objetivo é que o governo (e isso terá um preço político ainda impossível de ser medido, mas que aparentemente ele não se importa de pagar) não deu a mínima para o Andes, fechou acordo com um grupo minoritário de sindicatos, mandou o projeto ao Congresso e isolou os comandantes do movimento. O resto é algo a ser visto no futuro.

Quanto à greve… Bem, ela só não terminou ainda na cabeça de metade dos que escreveram o manifesto. A outra metade cuidou de deixar aberta a porta para, embora “reafirmando a continuidade”, acabar com ela.

E como vai se na UFSM? O editor tem escassas dúvidas quanto ao resultado da assembleia marcada para a tarde desta terça-feira. O “indicativo de fim de greve” perderá a primeira palavra. E a liderança tentará (é correto que assim aja) salvar a cara política do comando nacional ao propor a tal “saída unificada” para, por exemplo, dia 10 – embora parte das universidades que decidiu pelo fim já esteja em aula.

Sobre a assembleia desta terça-feira, na UFSM, e que começa às 2 da tarde, no campus, confira trecho do material da assessoria de imprensa da Seção Sindical dos Docentes, com texto de Fritz R. Nunes. A seguir:

Professor da UFSM tem assembleia nesta terça

… Os professores da UFSM voltam a se reunir em assembleia nesta terça, 4 de setembro, a partir das 14h, no Anfiteatro Loi Trindade Berneira, junto ao prédio “C” da Química. A pauta inclui os seguintes pontos:
1. Informes;
2. Avaliação do Indicativo de saída de greve.
Em nível nacional, a grande maioria das assembleias docentes deliberou na semana passada pela continuidade da greve como forma de pressionar o governo reabrir as negociações em função da carreira e de melhores condições de trabalho. A partir disso, no…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

PARA LER O “COMUNICADO ESPECIAL” DO ANDES, CLIQUE AQUI.

PARA CONHECER O PROJETO DE LEI QUE O GOVERNO ENVIOU AO CONGRESSO, CLIQUE AQUI.

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