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OBSERVATÓRIO. Técnicos e docentes da UFSM são contra a empresa gestora dos HUs. Mas, e por quê?

Resistência dos técnico-administrativos e docentes da UFSM (ao menos dos líderes sindicais) à adesão do Hospital Universitário à empresa gestora dos hospitais criada por lei é essencialmente trabalhista e politica. E isso acontece desde o instante em que a ideia foi apresentada pelo Governo Federal – inicialmente na forma de Medida Provisória (que caducou, por não ter sido votada no Senado) e, depois, como projeto de lei, enfim aprovado.

O discurso sobre a “privatização do Hospital Universitário”, embora pra lá de legítimo, tem muito mais (ou apenas) a ver com a mudança das relações de trabalho do que, propriamente, com a saúde pública. Essa é a percepção, que fique claro, de quem está fora da UFSM.

O que há, é a convicção aqui, é uma nítida (e, acentue-se, legítima) preocupação com o futuro dos atuais empregos e os empregos do futuro. Embora a contratação de profissionais por concurso público permaneça, as vantagens do Estatuto do Servidor inexistirão, ao menos não nos moldes de hoje.

No entanto, embora seja luta política relevante, aparentemente a UFSM não tem alternativa. Há uma clara (e, essa sim, meio troglodita, cá entre nós) ameaça de escassez de recursos para o Hospital Universitário, se a adesão não se concretizar. Enfim, uma chantagem. Do tipo: “faz o que quero, ou te mato à míngua”.

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