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TRAGÉDIA. A dor nos cemitérios, as prisões de quatro e uma caminhada pela paz. É a Santa Maria que sofre

A dor que chegou aos cemitérios. Último sepultamento, na cidade, foi às 4 da tarde
A dor que chegou aos cemitérios. Último sepultamento, na cidade, foi às 4 da tarde

Quem passou pelo centro de Santa Maria nesta segunda-feira ou em qualquer lugar que não fossem as antessalas dos hospitais, onde o barulho das sirenes persistiu por boa parte do dia, notou o silêncio ensurdecedor que tomou conta da cidade. É um luto cheio de sofrimento a atingir uma comunidade inteira – para bem além dos familiares e amigos dos mais de 200 mortos da tragédia da madrugada domingueira.

Mas houve fatos, também. Um deles, quem sabe o principal (se é possível medir isso), foi o SEPULTAMENTO de um punhado de guris e a sequência, no ambiente dos cemitérios, da comoção popular (sim, popular) somada à dor das famílias.

Mas não foi apenas disse que se ocupou o dia, claro. Houve também manifestações sobre as investigações acerca das responsabilidades pelo episódio, críticas às autoridade e até a prisão de quatro pessoas (uma sob custódia da Brigada Militar, em Cruz Alta). E, no final da noite, após culto ecumênico na Praça Saldanha Marinho, uma grande caminhada pela Paz, desejo compartilhado, enfim, por todos.

Sobre isso, e um pouco mais, acompanhe material produzido e publicado originalmente pelo jornal eletrônico Sul21. A reportagem é de Rachel Duarte, com fotos de Wilson Dias, da Agência Brasil. A seguir:

Quatro estão detidos por tragédia em Santa Maria; “Legislação é falha”, diz engenheiro

Co-proprietário da Kiss, após depor à polícia, foi conduzido à Penitenciária, no fim da tarde
Co-proprietário da Kiss, após depor à polícia, foi conduzido à Penitenciária, no fim da tarde

Enquanto as autoridades seguem envolvidas na investigação que trará as respostas esperadas pela sociedade consternada com a tragédia em Santa Maria, o país busca entender eventuais lições que possam surgir de toda a situação. O Ministério Público e a Polícia Civil seguem realizando oitivas e acumulando documentos que esclareçam a situação do alvará da boate Kiss, além de mostrar quem utilizou o sinalizador durante o show da banda Gurizada Fandangueira. Enquanto isso, o engenheiro do Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio da Associação Brasileira de Normas Técnicas, Carlos Rosa, diz que havia alertado os bombeiros sobre falhas na legislação que são passíveis de incêndios.

Na tarde desta segunda-feira (28), o empresário Mauro Hoffmann, um dos proprietários da boate e que se encontrava foragido, compareceu à delegacia de Polícia de Santa Maria para prestar esclarecimentos ao delegado Marcelo Arigony. Hoffmann, seu sócio Elissandro Spohr e dois integrantes da banda foram detidos e levados ao presídio regional de Santa Maria. A polícia busca as informações sobre a licença para funcionamento da casa noturna, que tinha alvará vencido desde agosto de 2012. O documento estava em processo de renovação, segundo a Prefeitura de Santa Maria e o Comando da Brigada Militar.

De acordo com avaliações preliminares dos bombeiros, a boate Kiss não cumpria normas técnicas básicas de segurança contra incêndios, como respeito à capacidade de lotação e manutenção de número suficiente de saídas de emergência. Porém, em entrevista à Rádio Gaúcha, na tarde desta segunda-feira, o coronel Guido, que acompanha o caso, informou que a Kiss possui os itens de segurança recomendados. O comandante da Brigada Militar, Sérgio Abreu também declarou à emissora que “apesar de vencido, o Plano de Prevenção de Incêndio da boate não estava irregular, porque estava sob avaliação…”

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Um Comentário

  1. Me perdoe Sr. Delegado mais prender a banda, me desculpe é só para fazer lobi, que tem que estar preso não é a banda e o Sr. sabe.

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