OBSERVATÓRIO. Tragédia interdita o debate político
A tragédia da boate Kiss teve um punhado de efeitos colaterais. E que serão sentidos por muito tempo. Alguns, por todo o tempo. No que toca à política, pelo menos um fato acabou sendo simplesmente banido do noticiário e do cotidiano – por prazo ainda indefinido. É a reforma administrativa proposta por Cezar Schirmer e que, a esta altura, já deveria estar aprovada. Por razões óbvias, e compreensíveis, não tem prazo para ser apreciada pelos vereadores.
O acontecimento, terrível por qualquer ângulo que seja observado, também jogou para a lateral a discussão, que era acesa nos bastidores, acerca dos eventuais titulares dos cargos de primeiro escalão, na administração reformulada. E também interditou a ação de bastidores (ou mesmo à luz do dia) de partidos e avulsos que pretendiam (e até faziam campanha por) emplacar secretários e outros ocupantes de postos relevantes.
Ninguém imagina quando esse debate voltará à tona. Mas é melhor não esperar absolutamente nada antes do início do ano legislativo. O que deve acontecer só após o período carnavalesco. Traduzindo: apenas em março. E olhe lá.
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