COLUNA OBSERVATÓRIO. “Trocentas audiências públicas depois, nada se modificou”
A seção “Não custa lembrar”
Em 23 de dezembro de 2000:
“* Um fracasso absoluto de público. Assim foi a audiência “pública” convocada pela Comissão de Finanças da Câmara para discutir a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento, na noite de segunda-feira.
* Somente três entidades se fizeram presentes para debater com os vereadores Werner Rempel, Fernando Menezes e Vilmar Galvão.
* E que não se culpem as entidades. Afinal, à reunião, que acabou durando menos de uma hora, nem mesmo os outros parlamentares apareceram. Ah, e ficar “brabo” com jornalista não vai resolver o problema. Nem tornar presentes os ausentes.”
Hoje:
Perde-se as contas do número de audiências públicas – sejam as obrigatórias por demanda legal ou as convocadas só para efeito midiático – desde nove anos e um mês atrás, data da publicação da nota ao lado. E o que mudou? Absolutamente nada. Isto é, o que deveria ser objeto de discussão virou apenas um trololó envolvendo os (poucos) interessados diretos em pontos específicos dos projetos ou, o que é pior, nada além da demonstração de força entre contrários. De comprovadamente útil e democrático, o instrumento se transformou em formalidade. Só. O que é uma pena.
Ainda guardo na lembrança, infelizmente, a audiência pública conduzida pelo vereador Claudio Rosa e que tratou da CIP. Que vergonha! Que descaso com o interesse público! Que tristeza!