CÂMARA. Sem projetos a votar, principal atividade é a reunião da CPI da Kiss – que define plano de trabalho
Se você quiser saber o que está previsto para esta quinta-feira, na sessão plenária ordinária da Câmara de Vereadores, pode conferir a Ordem do Dia, que consta do Boletim Legislativo 07/2013. Mas não se entusiasme. Afora os indefectíveis requerimentos solicitando serviços (procure sob o título “correspondências”), há apenas um projeto previsto para apreciação. E em primeira votação. Isto é, ficará para a próxima terça. Ainda assim, não é nada relevante para o conjunto da comunidade: trata-se apenas da concessão do título de Utilidade Pública para uma entidade.
Assim, imagina-se que a possível graça da sessão se dê nas manifestações da tribuna. Se bem que, ultimamente, salvo um ou outro (e não mais que isso), se vê de tudo, exceto debate político. Parece que a origem etimológica da palavra “parlamento” (não, o editor não vai explicar) é só uma curiosidade para os bancos escolares.
Então, o que resta? Sim, o que acontecerá antes da sessão plenária. No caso, a segunda reunião da CPI da Kiss. A Comissão, formada exclusivamente pelos governistas, que a criaram (antecipando-se a uma similar, proposta por Werner Rempel, do PPL), terá que definir os próximos passos, inclusive aprovando um plano de trabalho. Bem, isso é o normal. Resta ver se é o que acontecerá.
De todo modo, conforme o noticiário, a presidente da CPI, a peemedebista Maria de Lourdes Castro, esteve em várias missões, nos últimos dias. Foi à polícia, onde recebeu a garantia de que o material do inquérito poderá ser visto (mas não levado embora), por exemplo. E também à Sedufsm, onde convidou o Fórum de acompanhamento das investigações (formado por entidades sindicais e movimento social). É de supor que algumas pessoas comparecerão à reunião, para assisti-la. Quem sabe até os edis de oposição – que, regimentalmente, até poderão se manifestar.
Aí, então, será possível ter uma ideia mais clara do que pretende a Comissão que, louve-se, tem feito um esforço danado para fugir do rótulo de “chapa branca”. Em nome da dignidade do próprio parlamento, a torcida é para que consiga. Amém!
Tem gente que gosta de ser enrolada. As desculpas que já vi para a CPI vão desde “sou alemão até por dentro dos olhos e o povo (pode ser etnia ou raça, não lembro do termo) alemão é conhecido pelo senso de justiça” até “é uma oportunidade para discutir as limitações impostas pela lei de responsabilidade fiscal”. Por sinal, a LRF é bem escopo de discussão numa camara municipal.