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ECONOMIA. Campanha de conscientização contra o comércio informal será lançada nesta quarta-feira

A realização é das entidades empresariais, com o apoio da Prefeitura Municipal

Por Guilherme Bicca (com Arte Reprodução da Campanha) / Da Assessoria de Comunicação da CDL Santa Maria

Que o comércio informal traz muitos prejuízos à economia local, arrecadação de impostos e geração de empregos, disso ninguém tem dúvida. Mas apesar disso, trata-se de um mal subestimado pela maioria da população. Pensando nisso, as entidades empresariais lançam, nesta quarta-feira (27), uma campanha de conscientização. O lançamento está marcado para as 9h, no Itaimbé Palace Hotel. 

A campanha, chamada “O Barato Sai Caro: Diga Não ao Comércio Informal” tem o apoio da Prefeitura Municipal e foi idealizada com o objetivo de mostrar a quem mantém a prática através do consumo, os malefícios causados por ela sob diferentes aspectos, como segurança, impostos, empregos, e até saúde. 

O projeto foi apresentado ao vice-prefeito Rodrigo Décimo e à equipe de secretários, ainda no ano passado. “As entidades empresariais de Santa Maria estão de parabéns pela forma propositiva criada para atacar o problema e também pela maneira positiva como a campanha deve abordar o tema”, disse Décimo ao aprovar a participação do Município na empreitada. 

A campanha

A campanha tem o título “O Barato Sai Caro: Diga Não ao Comércio Informal” em alusão à falsa economia que os consumidores obtém ao adquirir produtos sem procedência, advindos do comércio informal, com prejuízos maiores a curto, médio e longo prazo, em vários aspectos. 

Durante a campanha, serão exibidos conteúdos em vídeo e postagens que mostram os principais malefícios individuais e coletivos causados pelo consumo de produtos advindos do comércio informal. Tais como a evasão fiscal e sua resultante falta de dinheiro para investimento público em saúde, segurança e educação; a queda na geração de empregos formais; e o financiamento a organizações criminosas que se retroalimentam do comércio informal. 

Outro aspecto importante é que em paralelo à campanha serão abertos cursos profissionalizantes e de qualificação, gratuitos, como alternativa para que os informais possam ter acesso ao mercado formal de trabalho, inclusive com o encaminhamento de seus currículos às empresas associadas às entidades que encabeçam a campanha.

Quais entidades realizam a campanha

São realizadoras da campanha “O Barato Sai Caro: Diga Não ao Comércio Informal” um total de doze entidades representativas: Cacism; CDL Santa Maria; Sindilojas Região Centro; AHTURR; SHRBS; SIMMMAE; ASSIM; Sinduscon; Espaço Contábil; Sindigêneros; Associação Rural de Santa Maria; e Secovi Centro Gaúcho. A Prefeitura Municipal assinará a campanha como apoiadora. 

O comércio informal no Brasil e em Santa Maria

Em um levantamento realizado em 2019, antes da pandemia, estima-se que o município deixava de arrecadar R$ 1 bilhão por ano em impostos, por conta de produtos comercializados de forma ilegal e serviços prestados de forma irregular. Apesar de serem números não oficiais, levantados através de informações e estimativas feitas por economistas, sem a existência de dados concretos, se confirmado, significa que o orçamento da Prefeitura para investimento público em saúde, segurança, educação, infraestrutura, cultura, acolhimento social, entre outros, poderia ser o dobro.

Já no Brasil, segundo estimativa do Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade (FCNP), em 2020, o Brasil perdeu cerca de R$ 287 bilhões em arrecadação para o comércio informal. 

Já no que diz respeito a empregos, o Brasil fechou 2022 com um recorde: 40% dos trabalhadores brasileiros estão na informalidade. Grande parcela deles advindos do comércio informal. De acordo com estudo realizado pelo Ministério da Justiça em 2022, para cada pessoa no mercado informal, sete postos de trabalho formal deixam de ser gerados.

Mas números tão assustadores só são possíveis com uma demanda equivalente. Uma pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria ainda no ano de 2015 mostrou que mais da metade dos brasileiros adquirem produtos sem procedência, oriundos de ambulantes ou de lojas informais. 

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