OBSERVATÓRIO. CPI se sabe como começa. E só
Depoimento de Passini levará à reconvocação de Anny. Já o prefeito…
A máxima “CPI sempre se sabe como se começa, jamais como termina” pode ser utilizada para a Comissão que, na Câmara, investiga a tragédia de 27 de janeiro. E que, como se sabe, deveria apurar responsabilidades político/administrativas sobre o evento que matou 241 jovens. É verdade, e isso ninguém duvida, que o governo será absolvido por seus representantes no parlamento. No entanto…
Enquanto as falas estavam de acordo com o roteiro, ok. Só que, de repente, pela ação da Associação dos Familiares das Vítimas, e uma atuação mais incisiva do líder da oposição, Werner Rempel, o governo parou de nadar de braçada. E teve que se explicar.
Afinal, chamado à atenção pela AVTSM, que quer “mais contundência” e nota uma “sensação de impunidade”, os governistas tentaram dar um verniz de independência. Até acolhendo depoimentos sugeridos pela oposição. Imaginava não sair do controle.
Engano. De repente, e o que disse Miguel Passini na última terça é prova eloquente, as respostas não foram tão afirmativas. Um flanco se abriu. A ponto de a Associação pretender colocar o próprio Cezar Schirmer no banco dos depoentes.
Parece óbvio que o pedido será negado. Aí, começa o custo. Haverá, no mínimo, constrangimento. Que poderá piorar com a reconvocação (não há como negá-la, em princípio) da procuradora Anny Desconzi. Surgiram incongruências entre o que ela já disse à CPI e o que outros falaram depois. E isso terá que ser esclarecido. Ou não.
Enfim, responsabilização de alguém da Prefeitura? Nem pensar. Mas isso não significará refresco, ao final. Desgaste político haverá. Resta saber de que tamanho. É… CPI sempre se sabe como começa; já como termina…
Depois da CPI da Kiss será que vai ter CPI para investigar a obra da nova câmara de vereadores? O fato determinado é que está parada, não se decide nada, não se rompe o contrato, não se chama nova licitação e também não se sabe onde foi parar a caixa d’agua que existia naquele prédio que foi demolido! Quais os “interésses” em jogo, pois o interesse público parece não ser o norte disto tudo!
Na verdade, a CPI, sob a ótica do palacinho da SUCV (leia-se Xirme, Maria de Lourdes Castro, Sandra Rebelato e o coronel doutor Tavores), é interpretada como “E que, como se sabe, deveria ESCONDER responsabilidades político/administrativas sobre o evento que matou 241 jovens.”
Da Maria de Lourdes e do coronel ‘Pavores’ não se poderia esperar postura muito diferente. Mas a SANDRA REBELATO, uma “operadora do direito” se prestar a um embuste dessa natureza…