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QUATRO MESES. A cidade faz barulho e a CPI da Kiss pode perder o representante dos familiares das vítimas

Daqui a pouco, em torno de 3 da manhã, faz exatamente quatro meses que a cidade começava a enfrentar a maior tragédia de sua história. 242 jovens, muitos deles beeem jovens, morreram. E se está, desde então, a procura de uma explicação. Algo, do ponto de vista do coração, absolutamente impossível. Mas que, sim, deve trazer consequências. Justiça. É o mínimo que se exige.

Para marcar a data, de novo acontecem manifestações várias pela cidade. Com homenagens aos que morreram. E atos de fé. Mas também barulho, muito som (afinal, era do que eles gostavam), como tem acontecido a cada 30 dias. O horário do barulho, com buzinaço e qualquer outro ato que seja bastante audível, é 1 e meia da tarde. O ponto de encontro, a praça Saldanha Marinho.

Também nesta segunda, mas em horário desconhecido (o que já não é mais espantoso) e local idem (provavelmente, mas ninguém garante, a sede do parlamento), se programa reunião administrativa da CPI da Kiss. Formada exclusivamente por governistas e agindo sob a desconfiança de muita gente que acredita ter sido criada exclusivamente para eximir de responsabilidades, e não exigir, se definirão os próximos passos da Comissão – que tem depoimentos de fiscais marcados para a próxima quarta-feira.

Há uma novidade possível. É cogitada fortemente a saída do representante da Associação dos Familiares das Vítimas, convidado a participar da comissão e que tende a se retirar. Esse desfalque, se confirmado, vai expor a CPI de forma definitiva. Seria a perda de um último fator de legitimidade social, o que tem, por certo o seu significado.

Outra novidade poderia ser (e esse, forçoso reconhecer, é só um palpite claudemiriano) a desistência de chamar a arquiteta Liese Basso Vieira, que não foi depor na última quarta-feira. Por quê? Pela razão exposta, com exclusividade, AQUI mesmo. Afinal, como ameaçar uma convocada com ação judicial coercitiva se não é objetivo fazer o mesmo com outro convocado que não deu pelota para a CPI; no caso, o ex-secretário de Controle e Mobilidade Urbana, Sérgio Medeiros.

A Comissão, não há dúvida, está numa encruzilhada. Totalmente imprevista quando o governo engendrou a sua criação, para evitar que a oposição emplacasse idêntico grupo. E agora?

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3 Comentários

  1. Esta CPI é a maior vergonha de todos os tempos, estes vereadores deveriam sentir vergonha de andar na rua ou aparecer com colunas sociais como vem acontecendo. Não sei como dormem a noite se é que dormem. Tristeza

  2. Se a Casa do Povo transformou-se na Casa da Negligência, do Descaso, da Omissão, da Frieza e da Incapacidade, nunca pensei que escreveria isso, mas seria melhor que fechasse as portas de vez mesmo.

  3. Faz bem a Associação não participar desta farsa dentro da Câmara.
    Está claro aos olhos da socieade a manobra realizada para manter a impunidade na cidade.
    Começou na prefeitura, passou pela presidência da câmara, pela assessoria jurídica da cãmara e especialmente pelos vereadores governistas, que estão interessados apenas em manter seus cabos eleitorais no executivo.
    Os pais das vítimas, os sobreviventes são apenas problemas para estes interesseiros.
    Com isto, estes vereadores são coniventes com o crime ocorrido na Kiss.
    Suas consciências ficam manchadas e terão muito a responder para si e para a sociedade.

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