CPI DA KISS. Decisões fora do “script” precisam ser tomadas. E se acelera o constrangimento do governo
O editor reconhece: perdeu as contas. Mas foi bem mais de meia dúzia de reuniões públicas da CPI da Kiss, um ente que era para ser da oposição mas, à ultima hora, numa estratégia de gosto duvidoso e que resvalava para a falta de ética, o governo resolveu parir e chamar de sua.
Desnecessário rememorar. Apenas se reafirme que a Comissão Parlamentar de Inquérito tem, sim, poder para muita coisa, inclusive para sugerir medidas ao governo da comuna, sem falar em apuração de causas internas à prefeitura para o que aconteceu e que redundou numa tragédia com 242 mortos. Não tivesse e o governo se despreocuparia.
Mas, e nesse conjunto de encontros, alguém lembra da última pergunta feita por algum dos integrantes da CPI, todos aliados fidelíssimos do governo municipal? Nem o editor. Objetivamente, contrariando um “script” prévia e apressadamente traçado, quem passou a comandar o processo foi, mais que uma oposição lenta, a Associação dos Familiares das Vítimas da Tragédia – instada a participar da CPI como convidada e com direito a manifestar-se. Se arrependimento matasse…
E agora? Ora, se está diante de mais um brete. Do qual o governo terá que se desvenciliar. Desviando-se? É o que muitos gostariam, mas está difícil, depois das pizzas recebidas em plenário, na última sexta-feira. Entrando nele? Pode ser o suicídio político coletivo de um grupo de edis mais preocupado em defender a prefeitura (o que é legítimo) do que encaminhar o trabalho de fato da CPI (o que é moralmente correto).
Então, temos que há de novo a solicitação dos familiares para que se ouçam os principais réus. Não há, sequer, o anteparo legal, de vez que tanto Elissandro Spohr, o Kiko, quanto Mauro Hoffmann, estão livres. Logo, fora do âmbito do Estado. Pior, do ponto de vista do governo, é outro pedido: para que deponha o ex-secretário de Controle e Mobilidade Urbana, Marcelo Bisogno, que não é outro senão o próprio presidente do Legislativo.
O que fazer, o que fazer, devem estar se perguntando, desde sexta-feira, os integrantes da CPI e seus assessores e, sim, mentores. Ah, não deve passar desta terça a reunião prometida pela Comissão, para tratar justamente deste assunto. E também marcar a data para o depoimento (prometido e anunciado pela presidente da CPI, Maria de Lourdes Castro) do prefeito Cezar Schirmer. Que será esta semana. Ou na última do mês. No meio, ele estará na Europa. E, depois, a Comissão terá encerrado o trabalho.
Por que a Kiss se manteve aberta enquanto o DCE foi fechado? Isso leva muito a pensar.
tem gente que continua vendo chifre em cabeça de cavalo. o que houve não foi beneficiamento pessoal, mas uma clamorosa falha dos sistemas de controle da prefeitura e dos bombeiros…
Com esta legislação e sistema de fiscalização, não estamos seguros. ao pessoalizar responsabilidades, fica parecendo que o sistema é eficiente e o que houve foi falha humana, incompetência ou corrupção…
As relações de poder na cidade com o Mauro e Kiko estão bem claras.
O atual presidente da câmara recebeu doações dos empresários da Kiss.
Me desculpa, mas este é dinheiro sujo de sangue.
Com a palavra a justiça eleitoral.
Caro Claudemir! O pedido dos familiares das vítimas está amparado pelo que está escrito nas páginas 59 e 60 do relatório do inquérito policial:
RODRIGO MOURA RUOSO (27/01 – 06/03): p. 064/3590. Trabalhou na KISS por cerca de dois anos na manutenção, na técnica de som e como segurança. ELISSANDRO pedia aos funcionários da KISS para que votassem no candidato a vereador MARCELO BISOGNO, o qual, antes de se licenciar para concorrer ao pleito, era o Secretário Municipal de Controle e Mobilidade Urbana de Santa Maria. Após licenciar-se para concorrer, MARCELO BISOGNO frequentava seguidamente a KISS e fazia campanha eleitoral. Disse que recebeu, assim como outros funcionários, orientações de RICARDO para que não permitissem a campanha de candidatos de outros partidos políticos. Aduziu ter informações de que ELISSANDRO e MAURO realizaram doações para a campanha de MARCELO BISOGNO. Foi o próprio ELISSANDRO quem comentou isso. MAURO e ELISSANDRO apoiavam abertamente a candidatura de CEZAR SCHIRMER. Pelo que escutava de ELISSANDRO, acredita que ambos teriam doado dinheiro para a campanha do atual prefeito municipal.
Cada um que tire a sua conclusão, do verdadeiro POR QUE da Kiss ter permanecida aberta.
Ha ja antecipada, prevista por este sitio “Sinuca de Bico”
E a bola esta com à oposição, no momento.