OBSERVATÓRIO. CPI da Kiss virou um problemão
Os integrantes da CPI, de frente para o que, talvez, não imaginassem
É improvável que seja confessado, exceto em ambiente beeem restrito e entre quatro paredes. No entanto, parece cada vez mais evidente aos articuladores do governo da comuna, que a manobra – politicamente inteligível, mas de óbvia conotação protetiva – realizada para “roubar” da oposição a CPI da Kiss se transformou num grande problema.
A ação dos familiares das vítimas, a postura absolutamente arrogante dos representantes do governo diante de um aliado (caso de Tavores Fernandes, que soltou o verbo esta semana, ao dizer que não fora consultado em questões como a negativa para convocar os réus a depor) e, sobretudo, a escancarada decisão de não inquirir (contrariando o próprio nome do instrumento político) acabou criando situação constrangedora.
Raros acreditam que o prefeito Cezar Schirmer vá depor. Ele não comparece a atos que possam criar-lhe incômodos. Tanto que foi quase secretamente (o aviso público chegou à última hora) cumprir o rito regimental de abrir, atrasado, o ano legislativo. Quem o imagina sendo vaiado, com direito a TV Câmara, pelas galerias lotadas de familiares das vítimas? Há os que supõe ser possível a ida da procurador Anny Desconzi. Mas será irrelevante.
E mais: se dúvida não há é em torno do relatório da CPI que pode apontar qualquer coisa, exceto responsabilidades do poder público municipal. E também sobre a aprovação na Comissão, ainda que, talvez, não por unanimidade. É igualmente improvável que a maioria se torne minoria. Assim, o plenário chancelará o documento.
E por que o problemão? Porque ficou tão óbvia a intenção da CPI, que, antes de qualquer coisa, pretendeu proteger o Executivo (de que, ainda não se sabe exatamente), que, com qualquer resultado, haverá desgaste. E não só dos cepeizeiros.
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