OBSERVATÓRIO. Garcia Marquez, o santa-mariense
Gabriel Garcia Marquez, prêmio Nobel, é um dos maiores escritores latino-americanos de todos os tempos. Sua obra mais conhecida e, na opinião de Observatório, o maior romance jamais escrito no continente, é “Cem Anos de Solidão”.
Mas Garcia Marquez não se resume a esse portento. “Ninguém escreve ao Coronel” é pequena obra-prima, também. Antigamente, inclusive, era recomendada aos jovens estudantes de jornalismo – e o caro professor Paulo Roberto Araújo, dos tempos do curso de Comunicação Social da UFSM, e que se orgulha de ter sido, antanho, chefe de reportagem de A Razão, o indicava aos calouros e não deixa o colunista mentir.
Outra obra magnífica deste notável escritor é “Crônica de uma morte anunciada”. Fantástica. E que, curiosamente, nesses tempos de internet e coisa e tal, também pode ser utilizada para qualificar algo que torna Garcia Marquez, digamos, santa-mariense.
Sim, parece ter sido um livro premonitório do que seria a CPI da Kiss, exatos 32 anos após ter sido publicado. Afinal, embora ninguém hoje assuma a paternidade, o fato é que a falência da Comissão Parlamentar de Inquérito poderia ser presumida no momento exato de seu nascimento. E aqui se escreveu isso. Embora o colunista não seja exatamente um Garcia Marquez. Que coisa, hein!
Outra obra do García Márquez que combina muito bem com esses momentos de amnésias coletivas, ratos ao mar e falhas municipais de comunicação é “Memoria de mis putas tristes”, mas não sei se a ‘classificação etária’ do site vai deixar passar hehehe.