OBSERVATÓRIO. Pestilento, fétido… Podres poderes
ELOGIO – Putrefato, pútrido, fedorento, fétido, pestilento. Todos sinônimos de “podre”, palavra gentil usada pela educada edil Maria de Lourdes Castro, para qualificar o colunista, em célebre gravação. No contexto, um grande elogio.
Ah! SEO Claudemir, já afirmava o ‘grand’ Ibrahim Sued: “os cães (e seus pares) ladram, mas a caravana passa”… e aproveitando que hoje, é domingo, e tem jogo da Selê, um videozinho estranho, pois o personagem, ao invés de dirigir-se à terra, para grandes conquistas & realizações, resolve caminhar… em direção… ao Mar(!)… Será que… ele morreu??? http://www.youtube.com/watch?NR=1&feature=endscreen&v=cK7Onvocbgc
PODRES PODERES (Caetano Veloso)
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Motos e fuscas avançam os sinais vermelhos
E perdem os verdes somos uns boçais
Queria querer gritar setecentas mil vezes
Como são lindos, como são lindos os burgueses
E os japoneses mas tudo é muito mais
Será que nunca faremos senão confirmar
A incompetência da américa católica
Que sempre precisará de ridículos tiranos?
Será, será que será, que será, que será
Será que esta minha estúpida retórica
Terá que soar, terá que se ouvir por mais mil anos?
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
índios e padres e bichas, negros e mulheres
E adolescentes fazem o carnaval
Queria querer cantar afinado com eles
Silenciar em respeito ao seu transe, num êxtase
Ser indecente mas tudo é muito mau
Ou então cada paisano e cada capataz
Com sua burrice fará jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades, caatingas e nos gerais
Será que apenas os hermetismos pascoais
Os toms, os miltons, seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvarão dessas trevas e nada mais?
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Morrer e matar de fome, de raiva e de sede
São tantas vezes gestos naturais
Eu quero aproximar o meu cantar vagabundo
Daqueles que velam pela alegria do mundo
Indo mais fundo tims e bens e tais
Ser ofendido por pessoas dessa laia só lhe rivigora a alma
Aliás, uma coisa é certa: Com o que eles estavam fazendo naquele momento e com o que fizeram com o povo de Santa Maria, para chamar alguém de podre eles tiveram que olhar para cima. Estavam muito abaixo de qualquer podridão imaginável.
Claudemir, eu preferiria 242 vezes mais ser chamado de podre do que ter o plenário lotado de estudantes, pais de vítimas, cantando marchinha de carnaval para mim, para desabafar sua indignação, repúdio e ojeriza quanto a minha conduta.
“Se vc fosse sincera oooooo, maria
aki eu não estaria,
e a justiça haveria!
Não investiga nada,
fica só de enrolação,
para abafar o caso
e esconder corrupção,
tu não perdeste um filho,
respeita um pai que chora!
ooooooooo, cai fora!”
Vindo dessa senhora, eu ficaria lisonjeado.