Câmara de VereadoresCidadaniaPolítica

CÂMARA. E quem duvidava que o principal tema da sessão seria a ocupação? E os desdobramentos, claro

Marcelo Bisogno (C) também virou alvo de manifestação crítica. E, claro, fez a sua defesa
Marcelo Bisogno (C) também virou alvo de manifestação crítica. E, claro, fez a sua defesa

Ninguém duvidava. Diante da irrelevância (tomando a sociedade como um todo, claro) dos projetos e requerimentos constantes na Ordem do Dia, o grande destaque da sessão ordinária da Câmara de Vereadores na tarde passada seria, mesmo, a ocupação da Casa, por seis dias. E, sobretudo, os desdobramentos politicos.

O “link” para a íntegra você encontrará lá embaixo. Aqui, o editor destaca quatro pronunciamentos. Dois da oposição, dois do governo. E cada um tire sua própria conclusão. Ah, o material é da assessoria de imprensa da Câmara, com texto de Clarissa Lovatto Barros e foto de Carolina Bonoto. A seguir:

“…Daniel Diniz (PT) declarou respeito aos vereadores da bancada do PMDB, mas rebateu as críticas feitas pelo procurador jurídico da Casa, Robson Zinn, em entrevista a emissoras de rádio. Afirmou que, durante todos os dias da ocupação, se colocou à disposição para mediar saída pacífica, não tendo feito politicagem. “Solicito ao nosso procurador, enquanto permanecer na Casa, que tenha mais respeito pelos colegas aqui. Não fiz tratativa política nenhuma. Não fiz manifestação partidária nenhuma. Estive aqui para tentar buscar consenso. Jamais iria usar o fato para qualquer promoção pessoal”, enfatizou.

João Kaus (PMDB) classificou como desrespeito o fato de a Câmara de Vereadores ter sido ocupada por manifestantes durante a sessão ordinária do último dia 25 de junho. Kaus afirmou que a Associação de Familiares está sendo usada por grupos pluripartidários. “Esta Casa é do povo e para o povo. Não pode ser para um grupo”, comentou.  Afirmou que o procurador da Câmara teve a índole pessoal e profissional atacada pelos manifestantes, que o trataram como moeda de acordo “Quem tem o direito de vir dentro desse Poder Legislativo e dizer o que temos que fazer?”, questionou.

Manoel Badke (DEM) afirmou que a sessão ordinária do dia 25 de junho é acéfala, porque não houve encerramento da ordem do dia. Informou que, de 26 a 28 de junho, o gabinete parlamentar permaneceu em atendimento ao público. Declarou que o presidente da Câmara corre risco de ser apontado pelo Tribunal de Contas do Estado pela não realização da sessão ordinária do dia 27 de junho. “Isso é uma falha, que penso que o senhor (Presidente) deve explicação aos demais pares”, comentou.  Lamentou a atitude de os manifestantes terem rasgado a Bíblia, que estava localizada no Plenário da Câmara. Solicitou à Casa a averiguação do histórico escolar de alguns manifestantes, os quais são “carimbados”.  Badke afirmou que há estudantes participantes do movimento são tão “carimbados” que fizeram o Reitor da UFSM sair pela porta dos fundos da instituição. Em comunicação de liderança do DEM, informou que a Corsan assina, nesta terça-feira, ordem do serviço para obras do saneamento em Camobi. Badke declarou que nunca recebeu dinheiro de empresas para realização de campanha política, pois acredita que voto deve ser conquistado pelo trabalho.

Werner Rempel (PPL) fez referência às manifestações do procurador jurídico aos veículos de comunicação a respeito da postura dos vereadores da oposição durante a ocupação do prédio da Câmara. O vereador ponderou que Zinn não pode exercer, concomitantemente, função de procurador e presidente de um partido. “Ele não pode se partir em dois e jamais conseguirá ter distanciamento crítico para ser procurador de todos os vereadores da Câmara e, ao mesmo tempo, ser presidente do partido”, observou.  Werner refutou a assertiva de Zinn de que os vereadores se movimentam por interesses menores, dando entender que o interesse da bancada da oposição seria os cargos da Mesa Diretora. “Na cabeça dele (Zinn),  a razão da nossa existência é pensar em como tirar o procurador da Mesa. Nós temos mais o que fazer. No momento em que o senhor fala isso revela que o senhor passa o ano inteiro pensando em como vai se manter na procuradoria”, ponderou…”

PARA CONFERIR OUTROS PRONUNCIAMENTOS A RESPEITO E TAMBÉM OBTER INFORMAÇÕE ADICIONAIS SOBRE A SESSÃO, CLIQUE AQUI.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

8 Comentários

  1. O pronunciamento do Werner foi – e aqui tentarei não usar palavras de baixo calão – uma execução sumária. Por um breve momento cheguei a sentir pena do Zinn…não, acho que não foi isso, foi só vergonha alheia mesmo. Nem perderei tempo comentando sobre o João Kaus, pois seria chutar cachorro morto. Alguns meses atrás circulava um print screen com palavras muito mal digitadas pelo mesmo. O coitado nem sabe escrever direito.

  2. A explosão do vereador João Kaus não poderia ter sido mais infeliz. O que ele queria? 265 mil pessoas acotoveladas na Câmara, para haver legitimidade? Mas, no fundo ele não deixa de ter razão. O povo de Santa Maria reelegeu os vereadores que não demonstraram inteligência legislativa – excetuando os licenciados – e ainda elegeu secundaristas, como ele. Então não tem porque reclamar. Tá ruim? O culpado é o próprio povo.

  3. A nossa cidade recentemente foi referência política para o Estado e o País.
    Mas houve um grande retrocesso nestes dois últimos anos.
    Vejam o baixo nível dos vereadores da atual legislatura.
    Dois, da bancaca governista, já perderam seus mandatos por uso da máquina da pública.
    Outra governista precisou pagar multa para ficar no cargo.
    E se investigarem um pouquinho mais, não sobra ninguém da atual bancada governista. Todos voltam para casa e perdem seus direitos políticos por uso da máquina da prefeitura antes e durante as eleições.
    Aquela que foi referência, está um caos até no nome.

  4. Uma inquietação assolou os meus combalidos neurônios: De onde veio, repentimamente, essa “valentia” do vereador João Kauss? Já registradas nos anais da câmara, registre-se nos anais da história tanta “pérola” pronunciada em tão pouco tempo. Onde ele estava nos dias de ocupação pacífica e cidadã do parlamento municipal? Por que não foi lá externar sua opinião? Não tinha ameaça de violência contra ninquém. Então, por que? Ah, o tico e o teco acabam de me dizer que, prá esse tipo de político, a moita é quase um lar. Bom dia!

  5. Ainda bem que para não aumentar o vexame a imprensa resume o que os vereadores dizem.

    O Vereador João Kaus de boca fechada, deveria entrar para a Academia Brasileira de Letras, pois é um poeta.

    O Vereador João Kaus disse que a casa é do povo e para o povo, mas entende que é povo quem defende aquilo que ele “pensa”.

    Disse também que se faz justiça no Fórum? Posso entender que na Câmara se faz só injustiça, então?

    Como se não bastasse o Vereador João Kaus disse que Santa Maria tem que esquecer da tragédia. Será que se o filho dele estivesse lá ele também falaria isto?

    Ao dizer que na Câmara deve se obedecer a lei, a ordem, então poderá a ética, a verdade, contar com o seu voto para punição de quem quebra o decoro parlamentar, vereador ou o senhor em eventual apuração de punição de gente do seu partido não será coerente com seu discurso?

    Quanto ao procurador, nem é necessário dizer nada!Se fosse eu depois de tudo que foi dito hoje na sessão, por eu ter vergonha, por eu ter amor próprio e eu ter hombridade, no lugar dele eu me exoneraria, mas isto sou eu! Falo por mim, apenas!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo