CPI DA KISS. Prefeito envia síntese do depoimento que concederia. Claro que, nele, faltam as perguntas

O prefeito Cezar Schirmer está tornando público a síntese do depoimento que pretendia conceder à CPI da Kiss, na última quarta-feira, se a audiência para a qual fora convidado acontecesse. Se trata, obviamente, de documento importante, na medida em que coloca as posições do comandante do Executivo.

Há, porém, uma questão relevante. Como o depoimento não foi colhido pela Comissão, não se sabe quais as perguntas que seriam feitas, por exemplo, pela oposição (nada a temer em relação ao edis da CPI, de resto todos governistas) e, menos ainda, as respostas que daria. E também é evidente que, se for colocado no relatório final, nele faltará o contraponto.

Em relação ao depoimento não dado, e também o link para seu conteúdo integral, que, de resto é jornalisticamente muito importante, acompanhe material produzido pela assessoria de imprensa do Gabinete do Prefeito. O texto é de Luiz Otávio Prates. A seguir:

“Prefeito encaminhou à Câmara de Vereadores, nesta segunda, a síntese de depoimento que seria prestado à CPI

O prefeito Cezar Schirmer encaminhou à presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na tarde desta segunda-feira (1), um ofício com a síntese do depoimento que seria dado à CPI. O documento foi protocolado na Câmara de Vereadores devido à impossibilidade do chefe do Executivo em prestar o seu depoimento à comissão, na quarta-feira (26), em virtude da ocupação do Legislativo. “Embora a legislação e a jurisprudência me autorizarem ou não a comparecer a esta CPI, ainda assim, fiel ao meu compromisso de transparência e busca da verdade, compareceria voluntariamente”, diz o prefeito em um trecho do documento.

O documento de 27 páginas está ancorado em seis pontos considerados fundamentais pelo prefeito: Legislação pertinente ao fato; Recursos repassados pela prefeitura ao Corpo de Bombeiros; Procedimentos relativos à concessão de alvarás e licenças; Documentos, cronologia e atos referentes à boate; Exemplos da ação fiscalizadora da prefeitura publicadas na imprensa; e Condições de trabalho oferecidas aos servidores e à fiscalização. “Mesmo sendo impossível o meu comparecimento pela ocupação ilegal do plenário desta Casa Legislativa, ainda assim, sinto-me no dever de encaminhar a V.S. a síntese do meu depoimento que gostaria de ter feito”, salienta.

O chefe do Executivo ainda lastimou o não comparecimento à CPI. “Lamentando não poder comparecer pessoalmente para prestar todos os esclarecimentos, por razões alheias a minha vontade, de Vossa Senhoria e desta Casa, desejo reiterar meu compromisso com a verdade, a lisura, a seriedade, a apuração plena da verdade, sem partidarismo, sem facciosismo, sem acirramento dos conflitos, sem sensacionalismo, com equilíbrio e serenidade tão necessários neste momento, em nossa cidade, que precisa retomar suas atividades com a colaboração detodos, unindo esforços para a reconstrução dos nossos lares, nosso futuro e nossos sonhos”, finaliza o documento encaminhado à vereadora Maria de Lourdes Castro.”

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