OBSERVATÓRIO. Schirmer aposta em si mesmo. Só!

No momento em que este texto é redigido, ainda é desconhecida a nominata total do secretariado que emerge da reforma administrativa proposta pelo prefeito Cezar Schirmer. Mas é bastante improvável que algum nome, digamos, estelar seja apresentado, como integrante do primeiro escalão.

Até aqui, a principal novidade é o nome do secretário de Saúde. Um técnico, vindo de outra cidade, escolha pessoal de Schirmer e avalizada pelo chanceler José Farret. Vanoir Koehler vem de Sobradinho com uma missão: resolver o principal problema da saúde pública municipal, a atenção básica. Se fizer isso, e aparentemente apresenta credenciais para tanto, o resultado será comemorado.

No mais, há a questão envolvendo PDT x PMDB/PP/DEM que, se tem importância política, não necessariamente vai influenciar para o sucesso ou insucesso administrativo. É uma dança das cadeiras com poucas mudanças efetivas, pelo menos expressivas – como em algum momento chegou a se supor pudesse acontecer.

Assim, o que sobra? Não é pouca coisa. Mas é menos, bem menos do que se poderia imaginar. Exceto, claro, que fica evidente, outra vez, que a grande aposta de Cezar Schirmer é em… Cezar Schirmer. Sua retórica desenvolvimentista precisa casar com a prática e os resultados. E ele vai se empenhar, mesmo, nisso para marcar seu segundo mandato reduzido em seis meses e meio – por decisão exclusiva dele.

Desgastado pela tragédia de janeiro (embora o discurso oficial reze o contrário), ganhou um habeas-corpus político com as sucessivas vitórias no âmbito jurídico. E, agora, terá que se esfalfar (e parece disposto a isso) para cumprir o mantra que adotou para esse novo período de governo que lhe foi concedido nas urnas. Qual? Depois de plantar, inclusive tendo todo o arcabouço legal para atrair empreendimentos, é hora de colher.

Que assim seja. Pelo bem de Santa Maria.