OBSERVATÓRIO. Não, definitivamente não era esse o plano inicial de Schirmer para compor seu Secretariado

Seria estultice completa e até falta de respeito para com os nomeados. Afinal, são todos nomes respeitáveis e têm uma história. Cada qual na sua área, os secretários (já conhecidos ou por conhecer, até o momento em que a coluna é redigida) escolhidos por Cezar Schirmer para tocar o mandato recém-iniciado são dedicados e competentes.
Dito isto, também é possível afirmar que não era exatamente este o plano. O comandante do Palacete da SUCV, isso é fato, perdeu o “timing”. Poderia (e até deveria) ter aproveitado o restante do primeiro período (para quem não lembra, este terminou em 31 de dezembro) exatamente para formular a reforma, encaminhá-la à Câmara e definir os nomes. Teve quase três meses para isso, sufragado pelas urnas de 7 de outubro.
Atropelado politicamente pela tragédia do verão, seguiu titubeando e só em meados de junho a proposta inicial, de janeiro, reformulada em poucos pontos, tornou-se lei. Exatamente quando, goste ou não do que lê o prefeito, está fragilizado politicamente. O suficiente para fazer com que muitos dos sondados e até convidados, simplesmente recusassem participar do projeto do segundo mandato.
Ressalvada, sempre, a respeitabilidade dos escolhidos, o fato é que o prefeito terá que conviver com uma situação para a qual não se mostrou preparado (e alguém estava?). Mas tem três anos e cinco meses pela frente. E terá que percorrê-lo oferecendo à cidade serviços de qualidade mínima, quem sabe abdicando de sonhos grandiosos de tempos nem tão longínquos.
Schirmer, porém, tem ao menos um consolo: ainda que a oposição na Câmara seja mais aguerrida, é pra lá de minoritária. Beeem minoritária. O suficiente para que, no mínimo no plano parlamentar, o prefeito possa fazer como nesses sete meses: dar as cartas e jogar de mão.
Sim, é pouco, para o que se pretendia. Mas é o possível.
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