KISS. Advogados de defesa queriam familiares das vítimas fora das audiências. Juiz negou. Saiba por que
A ideia dos defensores de dois réus, que assim requereram ao juiz Ulysses Louzada, era não ter mais a presença de familiares das vítimas da tragédia, dentro do local das audiências de testemunhas, no Forum de Santa Maria.
Um episódio específico, na tarde desta quarta-feira, motivou o pedido, contra o qual se manifestou o Ministério Público. Mas, por que isso aconteceu, quais as razões dos defensores, dos Promotores e do magistrado? Você sabe os detalhes, a partir do material publicado originalmente no portal Terra. A reportagem (texto e foto) é de Luiz Roese. Acompanhe:
“Advogados tentam barrar famílias de vítimas em audiências…
… Por alguns instantes, os familiares de vítimas da tragédia da Boate Kiss correram o risco de não poder mais comparecer às audiências do processo criminal do caso, em Santa Maria (RS). Isso aconteceu em mais um dia de depoimentos à Justiça, depois que a mãe de um rapaz que morreu por causa do incêndio na casa noturna foi retirada do Salão do Tribunal do Júri, no Fórum de Santa Maria, devido às suas manifestações. O episódio motivou os pedidos de dois advogados de defesa para que fosse restringido o acesso de parentes de pessoas que morreram na tragédia às audiências. O juiz que comanda o processo decidiu, porém, que os familiares podem seguir acompanhando os depoimentos livremente.
O episódio que motivou as solicitações de dois advogados de defesa aconteceu durante o último dos cinco depoimentos do dia, o do jovem Jeferson Saraiva. Quando o advogado Jader Marques, que defende o sócio da Kiss Elissandro Spohr, fazia perguntas ao rapaz, Marta Beuren, mãe de Silvio Beuren Júnior, o Silvinho, manifestou-se na plateia e fez gestos que reprovavam as questões do defensor. O filho dela morreu na tragédia aos 31 anos.
Indignado, Jader Marques pediu que a mulher fosse retirada da plateia. Marta saiu, mas, antes de deixar o salão, comentou em voz alta: “Ele (Sivinho) não foi (à Kiss) com a intenção de morrer. Ele foi lá com a intenção de se divertir”. A fala dela era alusiva às perguntas feitas pelo advogado, que costuma questionar os sobreviventes se eles acreditam que o dono da boate tinha a intenção de matá-los ou algum motivo para isso…”
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Acredito que o Kiko quis sim matar!! No mínimo o que ele queria era ferir as pessoas, pois se tenho um espaço para 800 e coloco 1200 o que quero no mínimo é que se machuquem. Se ele autorizava fogo neste espaço, superlotado, alguém ainda tem dúvida que ele queria matar? Ele não cuidou de recarregar o extintor que sabia que estava vazio, autoriza o fogo, enche de gente a casa … qual é a dúvida da má intenção?
Como não se manifestar quando alguem, seja ele quem for, faz uma pergunta tão idiota destas? Ora, tá na cara que ninguem, em sã consciência, faria algo deliberado para matar tantas pessoas assim. Claro que tem crimes premeditados, mas não massacres.
Ainda bem que o Juiz Ulisses é um cara bem centrado e não aceitaria tal pedido. Ele sabe da dor e do sofrimento dos familiares da vitimas da boate Kiss