KISS. Juiz quer reconstituição “virtual” da tragédia. Durante todo sábado, familiares fazem vigília na Praça
São duas as informações básicas, relacionadas aos desdobramentos da tragédia de 27 de janeiro – enquanto o Conselho do Ministério Público não dá conta da reivindicação dos familiares das vítimas, que querem a reconsideração acerca da denúncia (não feita) de improbidade contra agentes politicos de Santa Maria.
Uma é a vigília que será feita neste sábado durante todo o dia. O local é exatamente o mesmo onde, faz vários meses, está a barraca que reúne os familiares e que recebe a solidariedade diária de muita gente. É uma forma de unir aqueles que perderam seus entes queridos no incêndio ou os tiveram feridos e com ou sem sequelas.
E a segunda aconteceu nesta quinta, durante depoimentos no processo que corre na 1ª Vara do Júri de Santa Maria. O protagonista da principal notícia foi o próprio juiz que preside os trabalhos, Ulysses Louzada – que quer seja feita uma reconstituição “virtual” do que ocorreu na madrugada de 27 de janeiro. Mais, embora não saiba se isso é possível, prometeu pedir ajuda da UFSM.
Especificamente sobre os depoimentos e esta pretensão do magistrado, acompanhe material originalmente publicado no portal Terra. A reportagem (texto e foto) é de Luiz Roese. A seguir:
“Juiz quer ‘reconstituição virtual’ de tragédia da Kiss…
…Mais atento do que nunca às questões que cercam o processo criminal da tragédia da Boate Kiss, o titular da 1ª Vara Criminal de Santa Maria (RS), juiz Ulysses Fonseca Louzada, manifestou, na manhã desta quinta-feira, o interesse para que seja feita uma “reconstituição virtual” do incêndio na casa noturna, que causou a morte de 242 pessoas e deixou mais de 600 feridas na madrugada de 27 de janeiro. O anúncio foi feito após mais um pedido da defesa para que seja permitido o ingresso de peritos particulares na Kiss.
O primeiro depoimento desta quinta-feira foi do policial civil Rodrigo Souza da Silveira, 35 anos. Ele contou que só entrou na Kiss por volta das 1h30 do dia 27 de janeiro porque estava passando na frente da boate e foi convidado a entrar pelo gerente da casa, Ricardo de Castro Pasch, que já era seu amigo e lhe deu uma cortesia para não pagar ingresso.
Silveira relatou detalhes a respeito das dificuldades para sair da Kiss na hora em que o tumulto começou por causa do incêndio. “Em questão de segundos, baixou uma cortina preta de fumaça e foi um ‘Deus nos acuda’. Não era mais racional, era um instinto de sobrevivência”, disse…”
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