KISS. Bombeiro paga dois salários mínimos, processo contra ele é suspenso e tragédia tem um réu a menos
O bombeiro Renan Severo Berleze respondia por “fraude processual”, um crime considerado “menor”. Ele e um colega tinham a possibilidade de fazer o que se chama, juridicamente, “transação”. Ao contrário do colega, Berleze aceitou. Com isso, teve o processo suspenso por dois anos. Se cumprir o acordado, que inclui a ida à Justiça a cada três meses, terá ficha limpa após o período.
Como isso aconteceu, outros detalhes e ainda mais informações sobre os processos criminais envolvendo a tragédia de 27 de janeiro, você confere em reportagem de Luiz Roese, que o jornal A Razão está publicando em sua edição desta quarta-feira. Acompanhe:
“Processos criminais da Kiss têm um réu a menos
Desde ontem (terça), os três processos criminais da Justiça Comum referentes à tragédia da Boate Kiss têm um réu a menos. Isso porque o bombeiro Renan Severo Berleze, que era acusado de fraude processual, aceitou a suspensão condicional do processo, em troca do pagamento de dois salários mínimos e o comparecimento à Justiça a cada três meses. Ao cumprir essas medidas, ele estará com a ficha limpa após dois anos.
O sargento Renan Berleze tinha sido denunciado pelo Ministério Público (MP) por fraude processual no caso da Kiss, juntamente com o major Gérson da Rosa Pereira. De acordo com o MP, entre os dias 27 e 29 de janeiro deste ano, os dois teriam ncaminhado documentos à Polícia Civil que não faziam parte do Plano de Prevenção contra Incêndio da boate.
Já o major Gérson não aceitou a suspensão, pois afirma que quer provar sua inocência. Na audiência de ontem (terça), foram ouvidas quatro testemunhas, todas chamadas pela defesa do bombeiro. A única testemunha de acusação, a engenheira Josy Maria Gaspar Enderle, dona da Marca Engenharia, enviou um atestado médico como justificativa para não comparecer. Como o tempo do atestado não está especificado, o promotor Joel Oliveira Dutra pediu que o médico responsável seja notificado a informar o tempo que ela ficará de licença e se poderá depor ou não.
Foi Josy quem enviou ao sargento Renan, por meio de sua filha (que depôs ontem), a documentação que tinha sobre a Kiss (cópia do projeto de prevenção contra incêndio e cálculo populacional da capacidade da boate) e que foi anexada à pasta da boate no 4º Comando Regional dos Bombeiros, posteriormente entregue à Polícia Civil.
A separação dos processos criminais da tragédia foi determinada em junho pelo juiz Ulysses Fonseca Louzada, titular da 1ª Vara Criminal de Santa Maria, para que as ações andassem mais rápido. Com a decisão do magistrado, o processo principal ficou restrito aos sócios da boate Kiss, Elissandro Spohr, o Kiko, e Mauro Hoffmann, o Maurinho, e aos dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, o vocalista, Marcelo de Jesus dos Santos, e o roadie Luciano Augusto Bonilha Leão. Eles são acusados de homicídios qualificados com dolo eventual e tentativas de homicídio qualificado.
Em outro processo, Elton Cristiano Uroda, ex-sócio da Boate Kiss, e Volmir Astor Panzer, contador que presta serviços para o pai de Kiko, Eliseo Spohr, respondem por falso testemunho. A primeira audiência desse caso está marcada para o próximo dia 13.”
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