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KISS. Namorada de Kiko faz o que se imaginava: o defendeu. Mas audiência na capital foi bem tumultuada

Pela primeira vez, Kiko (de óculos) compareceu a uma audiência do processo em que é reu
Pela primeira vez, Kiko (de óculos) compareceu a uma audiência do processo em que é reu

Era bastante improvável que Nathalia Daronch, namorada de um dos réus, Elissandro Spohr, disse alguma coisa que o prejudicasse. E o improvável, de fato, não ocorreu. O depoimento dela, como uma das vítimas da tragédia de janeiro foi todo no sentido de isentar o empresário.

Mas não faltaram emoções, nem tumulto, na audiência realizada hoje, no Fórum Central, em Porto Alegre. Inclusive com a ordem, em determinado momento, de saída dos familiares que compareceram e, com eles, a própria imprensa.

Para saber mais do que aconteceu na capital do Estado, e os desdobramentos do depoimento, entre outras informações, vale conferir a reportagem (texto e fotos) de Luiz Roese, publicada originalmente no portal Terra. A seguir:

Depoimento de namorada de sócio da Boate Kiss termina em tumulto

kiss selo… Pela primeira vez desde a tragédia da Boate Kiss, ocorrida em janeiro de 2013 em Santa Maria (RS), familiares de vítimas puderam ficar frente a frente com Elissandro Spohr, o Kiko, um dos sócios da casa noturna. Ele acompanhou nesta sexta-feira o depoimento da namorada dele, Nathalia Daronch, em Porto Alegre. Quase no final da audiência, durante a tarde, pais e mães se insurgiram contra o advogado Jader Marques, que defende Kiko, e provocaram um tumulto. Resultado: o depoimento de Nathalia terminou sem público, pois o juiz Ulysses Fonseca Louzada solicitou que todos – inclusive a imprensa – deixassem a sala de audiências da 1ª Vara do Júri da capital gaúcha.

Os trabalhos foram presididos pelo juiz Ulysses Fonseca Louzada, titular da 1ª Vara Criminal de Santa Maria. Na plateia, estavam 12 familiares de vítimas do incêndio que causou a morte de 242 pessoas e deixou mais de 600 feridas, na madrugada de 27 de janeiro deste ano.

Nathalia chegou para depor ao lado de Kiko e do advogado de defesa dele, Jader Marques. O sócio da Kiss, quando entrou na sala de audiências, acabou passando despercebido pelos familiares de vítimas que esperavam autorização dos seguranças para entrar. Com alguns quilos a mais e usando óculos, Elissandro Spohr se sentou ao lado de Jader e ficou impassível durante o depoimento.

Nathalia contou que, no dia do incêndio, estava grávida de quatro meses. Ela disse que chegou com Kiko na Kiss entre 1h e 1h30, e logo se dirigiu para a área VIP. Antes do incêndio, a garota teria ido para o hall de entrada com Kiko depois de uma confusão envolvendo um rapaz embriagado – o jovem teria batido com o cotovelo na barriga de Nathalia, o que fez com que fosse expulso.

Logo que a confusão começou, Nathalia saiu da boate e ficou da calçada, do outro lado da rua dos Andradas. Durante o tempo em que ficou lá, ela pôde ver o trabalho dos bombeiros. Nathalia relatou que chegou a ver um bombeiro sentado na frente da boate. “Mas o que mais me chocou foi ver aquela mangueira dos bombeiros jogando jatos de água em quem tentava sair”, disse.

“É difícil aceitar uma coisa dessas, porque tudo está em cima do Kiko. Pintaram os sócios como monstros. Acho muito injusto. A gente se pergunta: como isso pôde acontecer? Acho muito injusto”, afirmou ela…”

Familiares de vítimas assistiram (e em alguns momentos intervieram) na audiência de hoje
Familiares de vítimas assistiram (e em alguns momentos intervieram) na audiência de hoje

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2 Comentários

  1. Pior que esta função vai longe. Nos dias que se seguiram ao acontecido achei que uma galera iria a júri e que muitos iriam pegar trinta e poucos anos. E cumpririam pouco mais de doze. Apesar do dolo eventual ser discutível. Também achava que desaforar o júri para qualquer outro local não adiantaria.
    Hoje já não é possível ter certeza se todos os quatro que restaram irão a júri. E as atitudes de alguns, embora plenamente compreensíveis, estão ajudando os réus. A confusão não será levada em conta. Algumas coisas que aconteceram nos corredores (e já falam por aí) também não. E o júri, se acontecer, pode ir parar em outra comarca. Cacequi, por exemplo, deve ter pouca influência da mídia. E o réu tem direito a advogado. Se não fosse o atual, seria outro. E faria as mesmas coisas, provavelmente.

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