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SAÚDE. Saída de Koehler na contagem regressiva. Ah, troco não usado pela prefeitura pode ser R$ 16 milhões

O editor papeou, no final de semana, com pelo menos três fontes, duas delas das proximidades do Palacete da SUCV e a terceira, também governista, mas que é, sobretudo, alguém que acompanha esse tipo de situação há muuuito tempo.

Koehler: aposta-se (embora ele venha a negar) que logo perceberá que é impossível conciliar
Koehler: aposta-se (embora ele venha a negar) que logo perceberá ser impossível conciliar

Na verdade, e isso é consenso, ninguém acredita na sobrevivência longa de Vanoir Koehler como secretário municipal de Saúde. Não exatamente por seus defeitos, mas, sobretudo, por seus méritos. Afinal, escancarou algo que há muito tempo era colocado pelo Conselho Municipal de Saúde e que era negado pela Prefeitura: a cidade perde recursos federais por que não faz os projetos e, portanto, o troco que vem não é utilizado.

Mesmo a possibilidade de uso futuro é considerada improvável. Afinal, teria que haver uma mudança de postura na gestão pública. Algo que o próprio Koehler deixou claro nas suas manifestações sexta, na Câmara de Vereadores, e que desencadearam a crise. Afinal, as licitações estão centralizadas na secretaria de Finanças, pois a Saúde não tem equipe para isso. E lá, onde está o cofre, a preferência é por usar os recursos orçamentários, abdicando de um elevado troco que chega gravado e precisando dos tais projetos e das tais licitações.

Como não se acredita em mudança, fica fácil prever que a saída de Vanoir Koehler – por sinal, elogiado por todos os que lidam com o assunto, inclusive na oposição. Logo, ele descobrirá que não há como compatibilizar a pasta e o cargo federal para o qual foi eleito.

De tudo isso, uma única (e sombria) dúvida ficou. Afinal, na quinta-feira, Koehler DISSE que seriam R$ 10 milhões não usados em 2013. Na verdade, é mais que isso, embora seja difícil precisar.

No material publicado pelo Diário de Santa Maria, Koehler DECLAROU que “R$ 14 milhões da chamada verba vinculada – recursos com destinação específica para a educação e a saúde – não serão aplicados este ano na saúde dos santa-marienses por não haver tempo hábil para a abertura de editais e de licitações:”

Já na reportagem do jornal A Razão, assinada por Marcos Fonseca, a propósito do tema, o montante citado é maior:  “…entre R$ 15 milhões e R$ 16 milhões. O secretário RESSALTA que esse dinheiro, embora não usado, não é perdido, pois se trata de recurso vinculado. Porém, espera dispor com maior rapidez do dinheiro. Hoje, por falta de uma equipe própria para licitações, é preciso recorrer à equipe da secretaria de Finanças…”

RESUMO DA ÓPERA: a cidade está perdendo dinheiro grandão (que poderia chegar a R$ 16 milhões só em 2013) que seria utilizado no atendimento à saúde da população. E, por conta dessa leniência, a qualquer momento (embora possa demorar alguns meses) poderá perder o único secretário (nos últimos cinco anos) que conseguiu ser respeitado por todos os atores políticos da comuna, não importa a sua origem ideológica. Pooois é.

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6 Comentários

  1. @Maria Silva, a secretária é muito competente, viu? Mas competente em fritar e torrar os outros secretários, pois ela costuma usar a Comissão de Licitações para meter o bedelho onde não é chamada e detonar com os projetos, para “posar” de inteligente para o alcaide!! O maior problema na saúde são os “assessores” que são muito fracos ou então eivados de interesse político partidário. E o alcaide não manda nada, faz que manda, os outros fazem que obedecem, enfim, este governo já era há muito tempo!!!

  2. @GEF
    Novamente, Crasso engano seu, o que ja virou piada.
    “imagine uma cidade menor. Itaara. São Martinho. Terão equipe para apresentar “projetos”?”
    TOROPI=-RS, onde trabalhei tinha equipe para executar os projetos.
    A PMSM poderia enviar, uma equipe para aprender!!!!

  3. Governo federal não faz reforma tributária. Dinheiro vai para BSB e não volta mais. Contigencia o orçamento de acordo com suas conveniências.
    Esta história de “municípios não apresentam projetos” é a desculpa padrão. Conveniente. Se SM não apresenta os dito cujos, imagine uma cidade menor. Itaara. São Martinho. Terão equipe para apresentar “projetos”?
    Licitações centralizadas na área de finanças está correto. Colocar uma equipe para cada secretaria não é razoável. Aumentar pessoal (e CC’s) tem limite, existe a lei de responsabilidade fiscal.
    Orçamento é geralmente uma peça de ficção. Existe de fato a receita? Ou existe contigenciamento?
    A presidente do conselho fala em má gestão, cita problemas no atendimento a indígenas e quilambolas, diminuição na distribuição de camisinhas. E as contas serão reprovadas novamente. Mas, se as contas são reprovadas e não acontece nada, para que serve o conselho?
    Por fim, o secretário ressalta que o dinheiro, embora não seja usado, não é perdido. E o resumo do editor é que a cidade está perdendo um dinheirão.
    Parece uma crise inflada com fins políticos. Mas posso estar errado.

  4. Já coloquei aqui que a secretária de finanças não tem competência (e tudo é centralizado por lá).
    As duas pastas que mais recebem dinheiro é educação e saúde. Como estão os projetos da educação? Também vão devolver dinheiro?

  5. ao ser questionado pelos vereadores, Vanoir deve ter sido muito cuidadoso com as palavras e não revelaria as coisas aberrantes que acontecem na saúde. Por isso é comedido ao citar que são só por volta de 10 milhões que deixaram de ser aplicados.Jamais revelaria,também, que está paralisado porque gostaria de fazer mais porém tem um tal chanceler que não “chancela” nada. Assim não adianta,mesmo.A falta de motivação na área da saúde nunca tinha atingido essa situação.Só está feliz quem rodeia o chanceler.Este adora nivelar por baixo.Vergonha.

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