OBSERVATÓRIO. 13 de um lado e oito de outro. Não existe maneira de dar zebra, na Câmara de Vereadores

É assim, na atual Legislatura, eleita pelo povo em 7 de outubro de 2012.

O governo tem o apoio de 13 vereadores. A saber: quatro do PMDB (Cezar Gehm, João Carlos Maciel, João Kaus e Marta Zanella); três do PP (Paulo Denardin, Sandra Rebelato e Sérgio Cechin); dois do PTB (Deili Granvile e Ovídio Mayer); dois do DEM (Dr Tavores e Manoel Badke); um do PR (Anita Costa Beber) e um do PDT (Marcelo Bisogno). E todos, rigorosamente todos, têm afilhados nomeados para cargos de confiança na prefeitura

À oposição cabem oito cadeiras. A saber: quatro do PT (Daniel Diniz, Jorge Trindade, Luciano Guerra e Luiz Carlos Fort); três do PSDB (Admar Pozzobom, Coronel Vargas e Pastor Chaves) e um do PPL (Werner Rempel).

Diante desse quadro, de resto sem registro recente ou longínquo de predominância pró-qualquer que seja o lado, como acreditar que um time com flagrante maioria numérica, e um governo com o poder da caneta usado sempre que necessário, poderia perder uma eleição para dirigir o Legislativo?

Diante disso, não obstante o fato de os jornalistas (este inclusive) gastarem tempo e espaço para tratar disso, é de uma obviedade gritante que não há chance de zebra. Só mesmo muuuuita, mas muuuuuita meeeesmo, traição poderia trazer ingredientes de emoção a este páreo. Que já está corrido.

Então, perguntará o leitor, por que se gasta tempo no assunto? Ora, porque a oposição pode falar pois nada tem a perder (além do que já não tem) e governistas brabos por alguma razão menor também ronronam.

De todo modo, ainda que eventualmente torçam o nariz (sim, isso acontece), todos os 13 governistas votarão no candidato indicado pelo PMDB, o partido ao qual cabe a presidência em 2014. E, aliás, tende a ser mesmo o atual vice da Câmara, João Kaus. Tende.