OBSERVATÓRIO. Zebra? Talvez no zoológico. E só!
Há duas semanas, Observatório publicou, bem no meio da página, a nota “13 de um lado, oito do outro. Não há zebra”. Pois bem, de lá para cá, a oposição na Câmara bem que tentou achar um meio de trazer o bicho africano para dentro do plenário Coronel Valença, no Palacete da Vale Machado. Mais: queria que o bicho listrado se instalasse e governasse o parlamento da boca do monte pelo menos pelo próximo ano inteiro.
Com o perdão da analogia, mas o fato é que, no meio desta semana, um militante envolvido na busca do improvável (impossível, em política, é termo “comprido” demais para ser usado) jogava a toalha. Houve a tentativa de cooptar pelo menos um partido e uma dissidente, segundo contou, sem dar nomes, a este repórter.
Deduz-se, com boa chance de acerto, que o partido seria o PTB. E a dissidente… Bem, já havia ostentado essa posição antes, logo – imaginavam os quase ingênuos articuladores – poderia fazer o mesmo agora.
Pooois é. Mas aí, bem, embora talvez nem precisasse, o poder falou mais alto. O da caneta, bem entendido. E os que imaginavam, talvez, ter vantagens voltando-se para a oposição, descobriram o óbvio: do ponto de vista dos cargos, melhor ficar onde se está. E, assim, aquilo que você leu aqui, no primeiro sábado deste mês, segue valendo: o páreo está corrido.
A única, mas única dúvida meeeesmo, que persiste, e ainda assim só por muita boa vontade de achar alguma coisa que possa se modificar, é quem será o presidente. Este colunista aposta em João Kaus, do PMDB. Que não seria, talvez, o preferido do bloco governista, mas é o que o partido dele (“dono” do cargo em 2014) vai escolher.
Aliás, se há zebra possível (fazendo concessão, para não chamarem o colunista de “radical”) é esta: outro nome que não Kaus. No caso, a também peemedebista Marta Zanella. Ainda assim, seria surpresa. Que tende a não acontecer. Tende.
INFELIZMENTE, tudo isso é reflexo das urnas, do descompromisso cívico de quem vota, da falta de informação sobre candidatos, da nossa preguiça em analisar cada uma dessas figurinhas prá lá de carimbadas. Mas, como bem escreveu o @Fernando França Sauthier, é, de fato, o fim do mundo. É o “caos”.
Não da para aguentar, é o fim do mundo
e da picada