A QUESTÃO. O que fazer com os jovens, que hoje decidiram ser a Saturnino o seu ponto de encontro?
É rigorosamente certo que a praça Saturnino de Britto, mais que apenas um ponto de encontro de jovens, especialmente aos finais de semana, e sobretudo em época de recepção aos calouros das universidades, virou o que alguns chamam de problema. No caso dos universitários, e os transtornos, para ser brando, causados pela aglomeração intensa de duas semanas atrás, a situação só se repetirá (ou não) em agosto – quando nova leva de “bixos” aportar à cidade.
O fato é que a população das proximidades ficou rigorosamente exilada em suas casas e o direito de ir e vir, ninguém duvida, foi certamente fraudado. Mas, se isso é verdade, não é menos verdade que os jovens vão continuar se encontrando e fazendo barulho e festa. E nem se pode exigir que seja diferente.
Vai daí que há quem imagine um novo lugar, ou “point”, capaz de arrebatar os mais novos. Onde? Os primeiros estudos, as possibilidades iniciais, foram indicadas no chamado 18º Fórum de Segurança, que tem a Agência de Desenvolvimento de Santa Maria (Adesm) como um dos protagonistas.
Mesmo esses, porém, já nascem com algum tipo de contrariedade. Um deles, a Praça General Osório (“do Mallet”), conta, de cara, com um óbice: fica nas proximidades do Hospital da Guarnição, local em que o silêncio seria, digamos, obrigatório.
Dos demais, um é demasiado “longe” e poucos acreditam ser possível levar tanta gente para lá. No caso, o Jockey Clube e o parque que a prefeitura está implantando. Sem infraestrutura adequada, dificilmente poderá atrair a Juventude.
O outro, a Gare, é no centro da cidade. Mas não tem, hoje, nada que possa levar a gurizada pra lá. É necessário que se crie algum tipo de opção receptiva. Do contrário, nem na marra (como se isso fosse possível com os jovens) alguém se deslocará para o local.
Resumo da ópera: as autoridades e a comunidade terão que se reinventar. Do contrário, bem, do contrário, reviveremos bem logo os mesmos problemas de duas semanas atrás.
EM TEMPO: este sítio defende a necessidade de termos pontos de encontro que atraiam a juventude. Mas também tem claro que o sossego público precisa ser garantido. E, portanto, não tem uma fórmula pronta. Exceto sugerir (e deixar o espaço disponível) que se debata profundamente. Até que se encontre alguma coisa parecida com solução que atenda a todos os interesses. Ou, no mínimo, a maior parte deles.
Eu voto na esquina do Palacete da SUCV, a legítima Esquina Democrática.
falta fiscalização, guarda municipal, guarda de transito (esse não existe) e brigada militar
E pq não no Itaimbé? É central, dizem está arrumado e iluminado. Basta que coloquem banheiros, pontos de vendas de bebidas e algo para comer e é claro policiamento.