ELEIÇÕES. Leia entrevista EXCLUSIVA com Fátima Schirmer. Ela não refuga nada, nem a questão da Kiss
A Primeira Dama, Fátima Schirmer, demonstrava clara alegria, senão felicidade pura, ao lado do marido, Cezar, entre homenageados da Feira do Livro e outras autoridades, na manhã ensolarada do sábado, na praça Saldanha Marinho. Mais tarde, compareceria a um encontro de jovens peemedebistas, em que deixaria suficientemente clara sua disposição de atender ao chamado do partido e, por que não, concorrer à Assembleia Legislativa.
24 horas antes, dona Fátima havia respondido a seis questões propostas por este editor. Não refugou uma sequer – nem mesmo uma que, inevitavelmente, surgirá, numa campanha em busca de votos: a questão Kiss. Ainda que nas entrelinhas (afinal, a lei eleitoral vale para todo mundo), ficou claro ao perguntador, lendo as respostas, que se está, sim, diante de uma concorrente a vaga no parlamento gaúcho.
Bueno, abaixo você tem, na íntegra, as perguntas e as respostas de Fátima Schirmer. Aí, você tira a própria conclusão. Acompanhe:
EDITOR – Como a senhora recebeu a notícia de que o Diretório do PMDB havia sugerido a possibilidade do seu nome como candidata?
FÁTIMA SCHIRMER – “Com surpresa, mas ao mesmo tempo fiquei feliz ao ser lembrada pelo meu partido. Pelo partido ao qual estou filiada desde o MDB, sobretudo, porque tal indicação partiu das Mulheres e da Juventude.”
E – Como a senhora vê a possibilidade de concorrer?
FS – “Com a devida precaução. Estou avaliando esta possibilidade. Não é a primeira vez que esta cogitação existe, mas sempre preferi a posição de discrição e apoio ao Cezar e a outros candidatos, agora houve uma conjunção de fatores, a partir da posição do Tubias (Calil). Esta decisão não pertence só a mim; precisamos compartilha-la com militantes, vereadores e diretórios de Santa Maria e da região, minha família e tantos amigos daqui e de outras cidades.”
E – O anunciado apoio (mais que isso, a solicitação, o desejo e até a, digamos, “imposição”) do candidato ao Piratini, José Ivo Sartori, pesa na sua decisão?
FS – “O Sartori é um grande amigo, mas jamais iria impor uma candidatura, lembrou do meu nome e de outros membros do partido por conhecer nosso trabalho e militância de longa data. Ele sabe o quanto eu gosto de ajudar anonimamente os que precisam, o quanto isto me deixa feliz e , as vezes, este trabalho passa pela política. Mas entre isto e uma candidatura tem um caminho a percorrer.”
E – Há pouco menos de dois anos, logo após a reeleição de seu marido a prefeito, seu nome foi cogitado para concorrer à Assembleia e foi, de pronto, refutado – inclusive pelo prefeito reeleito. O que mudou, se é que algo mudou, de lá para cá?
FS – Na época tínhamos um candidato natural, que por motivos pessoais respeitáveis optou por não concorrer nesta eleição. Agora é outra realidade. Eu sei o quanto faz falta para Santa Maria e região ter mais deputados, já tivemos 4 estaduais e 4 federais. Sei o quanto isto seria importante para o governo municipal, para Santa Maria e para a comunidade de modo geral.
E – Na hipótese de concorrer, que tipo de contribuição a senhora entende que possa oferecer e qual sua expectativa em relação ao resultado?
FS – Se concorrer e for eleita, precisamos muito contribuir com Santa Maria e região. Temos vários candidatos de diversos partidos, isto é bom para Santa Maria, quanto mais representantes melhor, lutando para o desenvolvimento de Santa Maria e região. Penso, no entanto, que a questão ética na política ainda é um grande desafio, as questões das mulheres,das crianças, da educação de qualidade, da melhora do SUS (Sistema Único de Saúde), das desigualdades regionais,da miséria e das carências extremas, dos serviços públicos ineficientes,do direito do consumidor, dos maus tratos com animais, entre outros assuntos relevantes precisam de uma abordagem mais humana, com mais coração e sensibilidade que são próprias da natureza das mulheres – que são poucas na vida pública.
E – Por fim, diz-se (embora não exista qualquer pesquisa comprovando ou rejeitando) que o episódio da boate Kiss poderia ser um impeditivo a qualquer candidato ligado ao governo da cidade, ainda mais se for alguém da família do prefeito. A senhora acredita nessa possível influência?
FS – Tanto o Governo Municipal, quanto a pessoa do Prefeito, ficaram livres de qualquer acusação quanto a tragédia que abalou nossa cidade. Estamos tranqüilos quanto a este tipo de acusação. Somos todos sofredores de um processo que abalou toda a nossa comunidade. Minha família e eu sofremos muito; o Prefeito como cidadão, como pai, como o chefe político sofreu intensamente. Por isso, não acredito que pessoas em sã consciência tentem aproveitar politicamente uma tragédia que tanto entristeceu famílias, pais, amigos e a todas as pessoas que vivênciam este período de dor intensa.
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