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Jesus Cristo Superstar – por Bianca Zasso

foto biancaNão sou católica, mas há tempos acompanho Jesus e sua turma nas telonas. Isso porque as histórias bíblicas sempre renderam produções grandiosas e repletas de efeitos especiais inovadores. Por curiosidade técnica e buscando inspirações para o meu lado de diretora de arte, sempre fui uma curiosa pelos filmes que narravam as aventuras de Jesus.

Muitos devotos fervorosos talvez queiram o meu pescoço por eu chamar de aventuras as situações vividas por Jesus, mas não até quem é contra a modernização da Igreja Católica há de convir que não existe livro de aventura mais impressionante do que a Bíblia. Ação, romance, momentos sobrenaturais e de superação. Tudo que um filme precisa para fazer o espectador delirar na poltrona da sala de exibição.

Duas produções, atualmente em cartaz nos cinemas brasileiros, tem como ponto de partida temas bíblicos. O filho de Deus, de Christopher Spencer e Noé, de Darren Aronofsky não foram lançados perto um do outro à toa. Hollywood redescobriu os filmes em 3D, que datam da década de 50, e transformou a tecnologia em um atrativo para o público jovem, que já nasceu baixando filmes pela internet e precisa de bem mais que uma boa história para sair do conforto de casa para assistir a um filme. A jornada de homens que transformam água em vinho e reúnem centenas de animais dentro de uma arca garantem cenas grandiosas, um prato cheio para engenheiros de som e equipes de efeitos visuais.

Não estou questionando o poder universal das mensagens contidas nos discursos que teriam sido proferidos por Jesus e seus discípulos. Falar de paz e amor sempre vai tocar as pessoas, por mais rudes e frias que sejam. O que não pode sobressair é a ilusão de que a indústria cinematográfica quer tornar o mundo melhor trazendo para as telas estas histórias.

Digo isso porque já perdi a conta de quantas vezes vi pessoas comentando que a “juventude precisa de mais filmes assim”. Minha gente, é possível aprender muito mais com a morte do que com alguém que ressuscita e nem só de palavras acalentadoras se faz um bom ser humano. Somos feitos de defeitos e qualidades, mas Jesus nas telas continua lindo e loiro.

Meu conselho é encarar os filmes bíblicos como um espetáculo, uma diversão num final de tarde ao invés de gastarmos saliva e tempo discutindo o que é certo e o que é errado. Já basta Mel Gibson e sua  insolente aventura como diretor em A paixão de Cristo. Dane-se o idioma oficial da Terra Santa, dane-se se Jesus foi santo ou viveu um amor ardente com Maria Madalena. Apreciem a arte feita à partir destas lendas. A vida será bem mais leve e feliz, acreditem. Está escrito: o cinema é meu pastor e nada me faltará.

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