OBSERVATÓRIO. O avalista político de Dona Fátima

Se dependesse apenas do Diretório Municipal do PMDB, ou da vontade da maioria da instância deliberativa maior do partido (exceto a convenção), poucos duvidam: o candidato local à Assembleia Legislativa, diante da desistência de Tubias Calil, seria João Kaus.

Mas há valores mais altos, ou lideranças maiores, que preferem outra solução. A começar pelo candidato ao Governo do Estado. Que vê em Fátima Schirmer o nome adequado para capitalizar a história de Cezar, mesmo que um inevitável desgaste tenha havido a partir da tragédia da Kiss.

Sim, é José Ivo Sartori o padrinho, o avalista e, de uma certa maneira, o patrocinador político da ideia. Não há outro nome, se depender do ex-prefeito de Caxias do Sul, que não o da Primeira Dama. Com todos os riscos, inclusive o do desgaste decorrentes da tragédia, e que será lembrada inevitavelmente na campanha, ainda assim é, no entendimento do candidato ao Piratini, a melhor parceria possível no momento, para garantir um palanque forte na disputa de outubro.

Vai daí que, inclusive pelas declarações iniciais, feitas há semana e pouco ao repórter Marcos Fonseca, de A Razão, Fátima Schirmer se coloca feliz com a possibilidade. O que é meio passo para a aceitação.

Aliás, que não se diga ser Sartori um neófito. Muito longe disso. Sabendo das dificuldades, entrou em campo para valer, fazendo a corte política sempre necessária. Não foi por acaso que abalou-se de Porto Alegre para um café da manhã na última terça-feira, na boca do monte. Veio para reforçar o convite e, se possível, arrancar a aceitação.

Talvez a tenha, já, obtido. Tanto que há quem anuncie para o período pós-Páscoa o anúncio oficial. Sim, Fátima Schirmer tende a ser a candidata do PMDB santa-mariense à Assembleia Legislativa. Com ou sem o aval da sigla. Este não seria mais necessário.