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RODIN. Evidências, a sentença e relações, na UFSM, que recomendam certo respeito à história. No mínimo

Para além desse marco, há bem mais que uma Operação Rodin. São pessoas. E histórias
Para além desse marco, há bem mais que uma Operação Rodin. São pessoas. E histórias

Está certo. Talvez a expressão “relações” seja um pouco exagerada. Mas nem tanto. Afinal, muitos dos que acabaram sentenciados (em primeira instância e, logo, até agora ainda presumivelmente inocentes) por conta da dita Operação Rodin, tiveram intensa e importante participação na vida da Universidade Federal de Santa Maria.

E aqui não se está falando apenas, por exemplo, do enfrentamento que a maioria teve em relação ao regime autoritário. Sim, e este editor estava lá. E pelo menos uma (mas não única) personagem, José Fernandes, teve uma participação efetiva na luta pela democracia, dentro e fora do Campus.

Mas não é só isso. Há dúvidas de natureza legal, também, a ser dirimidas ao longo do processo, que demora ainda um bom tempo antes de ser resolvido em última instância. E há, claro, relações (esta sim, óbvias) pessoais e de encontro nos corredores, gabinetes e salas de aula de Camobi.

Há dramas envolvidos nisso. E há muuuitas dificuldades para falar sobre. Donde o editor resolve publicar um texto que tem muito disso tudo e, claro, também a visão pessoal do autor. Me refiro ao que escreveu no “Flores do Campo”, o BLOGUE dele, o professor Ronai Pires da Rocha. Creia, vale a pena ler. Está aí um pouco do que muitos sentem (mas não falam, muito menos escrevem) no interior da UFSM. A seguir:

Na berlinda

Não bastasse o assunto do fim do vestibular para colocar a Ufesm na berlinda, tivemos, no final da semana, a divulgação da sentença, em primeira instância, do processo da Operação Rodin. E com ela, a condenação de alguns colegas nossos, a penas diversas. Silvestre foi meu aluno, quando fui professor substituto e dei aulas para o curso de Economia; trabalhei com Rubem Hoeher, quando fui pro-reitor; convivi com Sarkis desde os tempos do movimento docente, nos anos oitenta; Zé Fernandes foi meu colega de Centro e companheiro de discussões memoráveis; Dario Trevisan foi nosso grande parceiro na introdução da Filosofia no vestibular da Ufsm. Por aí vai. Luis Pelegrini era amigo por empréstimo, em lidas no CCR. Faço essa memória e meu dou conta que tive momentos de coleguismo com todos eles, as vezes em lados diferentes de posições e opiniões sobre temas e políticas universitárias, as vezes do mesmo lado da trincheira, como na parceria com o Professor Dario. Li, por dever de consciência, os livros que foram escritos sobre o episódio pelo Professor Sarkis e pelo José Fernandes. Procurei me informar o mais que pude. Mas não temos acesso, os mortais comuns, ao processo, às acusações. Só nos resta, então, contrastar a dureza das sentenças com esses afetos simples do cotidiano da universidade.

Um amigo muito caro me chamou de filósofo, faz alguns anos, sem que isso fosse uma ironia. Isso faz muito tempo e foi ali que compreendi quando é que a gente, mero professor, pode, com sorte, virar filósofo. É quando alguém nos chama assim sem nenhuma ponta de ironia. E depois desse dia temos, com sorte, um compromisso pessoal, de fazer justiça ao qualificativo. Assim, tendo a ser meio filósofo-cético nessa hora. Penso, por exemplo, no caso do Professor Dario. Eu posso até concordar com alguns de seus críticos de época que ele levava a paixão pela Coperves a um nível pessoal e quase soberbo. Mas foi exatamente o fato de perceber nele uma dedicação quase obsessiva pelo que fazia na Coperves que me faz exercer, até hoje, um certo ceticismo em relação ao seu enquadramento no processo Rodin…”

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2 Comentários

  1. Só retificando: a parte que eu disse que discordo, que é aquela que sugere que o exemplo não precisava ser tão duro, é de um comentário abaixo do texto e não do texto do Ronai em si…

  2. Caro Claudemir,
    no começo dos textos estava temendo acabar lendo algo do tipo que disse o Lula a respeito do Sarney ("Não pode ser julgado como qualquer um, pela história que tem…"), mas depois vi que não era isso e compreendi a ideia.
    E acho que é como digo: acredito particularmente que nessas horas alguns realmente acabem sendo condenados, mais por, digamos, ingenuidade (por terem assinado um reles pedaço de papel sem ler ou algo assim) do que propriamente por má fé…
    Mas para os que realmente agiram com o intuito de levar vantagem, discordo do final do texto do sr Ronei: acho que o exemplo tem que ser duro mesmo. Afinal, não estamos sempre clamando por isso, por justiça e pesada punição aos corruptos??
    Abraço

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