OBSERVATÓRIO. Enfim, vai acabar a hipocrisia

Luneta

Está se organizando uma série de grandes atividades reunidas numa só: é a grande festa da economia solidária mundial, entre 18 e 20 de julho.

Bueno, disso ninguém tem dúvida: da capacidade de aglutinação da irmã Lourdes Dill, coordenadora do Projeto Esperança/Cooesperança, promotor dos eventos.

Como já aconteceu em anos anteriores, em 2014, há a expectativa de comparecimento de mais de 150 mil visitantes no Centro de Referência da Solidária Dom Ivo Lorschester.

Vão acabar os eufemismos. Já na terça-feira poderá se dizer que fulano ou fulana concorre. É, portanto, candidato, e não pré-candidato. Terminará a hipocrisia.

Aliás, em seguida, muito em seguida inclusive, tão logo sejam inscritas as chapas, se saberá, em Santa Maria, quem tem mesmo café no bule.

Já se pode antecipar: pelo menos um terço dos candidatos não tem condições objetivas de conquistar uma vaga – seja na Assembleia ou na Câmara dos Deputados.

Os dois terços restantes, porém, travarão uma disputa histórica pelo voto de, estima-se, 110 mil santa-marienses que escolherão o nome de um candidato.

Deixam a área os professores, entram os juristas. O foco deixa de ser a sala de aula e passa aos tribunais. Sim, é a discussão sobre o sai-não-sai vestibular da UFSM.

Preparemo-nos (afinal, a campanha inicia oficialmente no final da próxima semana) para um grande festival de incoerências. E de todos os lados, não custa ressaltar.

Afinal, haverá quem defenda um candidato aqui, outro ali e um terceiro acolá. Cada qual falando uma “língua” diferente. Alguém acredita que o eleitor entenderá? Nem o colunista.

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