ARGH! O banco “feito para você” cometeu abusos contra funcionária com câncer. Justiça o condenou
No decurso do processo, encerrado no Tribunal Superior do Trabalho, surgiram informações também sobre outros funcionários do Itaú, que se orgulha, na propaganda, de ser “feito para você”. No caso dessa moça, que retornou de um tratamento contra o câncer de mama, é terrível sob qualquer aspecto. Afinal, foi transferida 18 vezes (sim, 18 vezes) em três anos.
Olha, é simplesmente um nojo, pensa este editor, a relação estabelecida entre os bancões e seus funcionários. Bueno, vamos ao caso, que terminou com a condenação do bancão a pagar uma indenização de R$ 160 mil, e que foi objeto de reportagem publicada originalmente no sítio Espaço Vital. A seguir:
“Abuso de poder diretivo do Banco Itaú contra funcionária acometida de câncer
Uma bancária que sofreu sucessivas transferências e foi rebaixada de função ao retornar ao trabalho após nove meses de licença para tratar câncer de mama receberá R$ 160 mil por dano moral. O Itaú Unibanco S/A tentou trazer ao TST sua pretensão de reduzir o valor da condenação, mas a 5ª Turma rejeitou seu agravo de instrumento.
O Itaú foi condenado na Vara do Trabalho de Almenara (MG) a indenizar em R$ 50 mil a bancária por dano moral, por considerar que houve abuso no poder diretivo do banco, que “atuou de forma discriminatória e sem qualquer comprometimento social para com aqueles trabalhadores que tiram licença por motivo de saúde”.
Admitida em 1979 como escriturária, a trabalhadora foi caixa e depois gerente operacional, até ser demitida em 2011. Nos últimos quatro anos de contrato, disse ter sofrido perseguições da chefia. A licença para tratamento do câncer ocorreu em 2006, e, em fevereiro 2007, quando retornou, ainda abalada e com quadro depressivo pela retirada da mama e pelos tratamentos, foi transferida para Governador Valadares.
Na reclamação trabalhista, ela afirma que “implorou à chefia” para não ir, devido à necessidade de estar próxima da família, mas não foi atendida. A partir daí, segundo ela, as perseguições aumentaram: foi rebaixada de função e deslocada para várias cidades da região, cobrindo férias de funcionários de agências pequenas, sempre como caixa.
De 2008 a 2011, foram 18 transferências. Tendo como parâmetro depoimentos de testemunhas, o juízo concluiu que havia discriminação por parte do banco em relação aos empregados afastados por longo período, que eram deslocados para atividades menores, transferidos de agência e submetidos a extrema pressão psicológica…”
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