Arquivo

Não custa lembrar. E não é que o Dólar baixou mesmo? Mas o azeite de oliva vai bem

Confira a nota publicada nem bem estava começando a madrugada de 5 de abril deste ano, uma quinta-feira:

“Economia. Não vai demorar muito e o Dólar valerá menos de R$ 2. A banca paga. E recebe!

Lembro como se fosse hoje: em julho de 1994, bem nos primórdios do Plano Real, o litro de gasolina custava, nos postos, R$ 0,54 – pouco menos de cinco vezes o preço de hoje. Ou, ao contrário, em quase 13 anos, o aumento foi de 400%, superando largamente a inflação do período.

 

Era uma festa. A classe média se divertia bastante, e as viagens ao exterior experimentaram vertiginosa e sempre ascendente procura. À época, a cotação Dólar x Real era praticamente 1 x 1. Talvez você também lembre disso. O que poucos sabem, ou não recordam, é que depois disso, no primeiro e no segundo governos de Fernando Henrique Cardoso, o Brasil quebrou. Mais até (e isso é possível) do que, diz-se, com razão, do que o Rio Grande do Sul de hoje.

 

Há algumas sensíveis diferenças entre o Brasil de hoje e o de 13 anos passados. Com certeza, há. Por exemplo: o empréstimo feito,  numa das falências pátrias, ao dito famigerado Fundo Monetário Internacional (FMI), de 28 bilhões de dólares (você leu certo, não se preocupa), está pago. Nunca é demais repetir: pago.

 

Outra, e esta bate diretamente no bolso da classe média, é que a paridade do Dólar foi substituída pelo chamado esquema da “flutuação”. Quem manda é a economia, não a política. Isso, diga-se, começou com Fernando Henrique, depois da segunda quebra, e foi mantido por Luiz Inácio Lula da Silva – primeiro com a dobradinha Antonio Pallocci/Henrique Meirelles e depois com Guido Mantega e o mesmo Meirelles. Os primeiros, ministros da Fazenda, o segundo, presidente do Banco Central.

 

Só que agora, ao contrário de 94, quando havia a paridade, há uma chiadeira sem tamanho dos empresários exportadores, que não conseguem competir no mercado internacional. Embora o Dólar esteja cotada em duas vezes o valor do Real. E culpam, claro, o câmbio. E a flutuação. Defendem medidas do governo (que não propugnavam com FH) para mexer na moeda. Têm lá suas razões. Só não sei elas combinam com os motivos nacionais. Ou mesmo de vários de seus pares…”

Se você quiser ler a íntegra da nota, clique aqui .

SÓ SE PASSARAM OITO MESES, desde então. E não é que o Dólar beira o R$ 1,80, pouco mais ou menos!? E a chiadeira dos exportadores até que existe, mas já foi muito maior. Afinal de contas, como se escrevia aqui, a banca paga e recebe. E até já se nota uma recuperação, por exemplo, do setor mais chorão da economia gaúcha, representado pelos exportadores de calçados. É. Pois é. Ah, e a classe média: chia bastante, mas compra seu azeite de oliva importado da Espanha ou de Portugal sem qualquer culpa. Faz sentido. E é assim mesmo que tem que ser, afinal de contas.

 

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo