ELEIÇÕES. Denúncias do momento demarcam uma virtual polarização do pleito para o Palácio do Planalto
As pesquisas mais recentes (e também as mais remotas) parecem indicar duas possibilidades, se a eleição presidencial fosse hoje. Uma é a eventual vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno. Outra, para não poucos a mais provável, é a realização de um segundo turno entre a petista e o tucano Aécio Neves. A chamada terceira via, Eduardo Campos, PSB, pode ser importante mas, a depender dos dados disponíveis, ficará à margem do trofeu principal.
Um dos indícios possíveis a apontar que esse é um pensamento que começa a dominar está, quem sabe, nas denúncias mais recentes. Uma mostra os aeroportos de Aécio, que atingem diretamente o tucano. Outra é a história (interessante, mas não inédita – se for verdadeira – em qualquer CPI, como bem vimos recentemente aqui mesmo em Santa Maria) das “perguntas elaboradas previamente, com respostas idem” na Comissão da Petrobrás.
Quem trata dessas questões, especialmente as denúncias do momento, é a versão brasileira do jornal espanhol El País. Vale conferir, a propósito, a reportagem assinada por Carla Jiménez (com a colaboração de Raquel Seco). A seguir:
“Às vésperas da campanha na TV, as denúncias marcam a corrida eleitoral…
… A campanha eleitoral brasileira começa a se preparar para a etapa midiática que terá início dentro de 15 dias, quando a propaganda oficial de cada partido vai invadir a televisão brasileira, em horário gratuito e obrigatório. Mas a partir desta segunda-feira, os telejornais brasileiros começam a cobrir a campanha eleitoral de fato, acompanhando as agendas dos candidatos. É neste momento que 20 milhões indecisos, dos 142.467.862 de eleitores deste ano, vão começar a flertar com os candidatos a futuro presidente ou presidenta do Brasil. Eles já estão nos estúdios, ensaiando seus discursos na TV.
Mas, enquanto os programas não começam, a batalha eleitoral se concentra na arena das denúncias, com notícias sobre a conduta de cada candidatura chegando como petardos nos comitês das campanhas. A primeira vítima do chumbo trocado foi Aécio Neves, do PSDB, com a descoberta de um aeroporto construído na cidade mineira de Cláudio, a seis quilômetros de uma fazenda da sua família. A obra foi financiada com dinheiro público quando Neves era governador. O candidato argumentou que o terminal respondia às necessidades da comunidade e depois admitiu ter usado a pista, que ainda não tinha a autorização da Agência Nacional de Aviação Civil para funcionar…”
PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI
A referida jornalista nesta reportagem de dois dias atrás repercute algo que foi notícia a semana passada. Quem olhar a página do jornal verifica que a última meia dúzia de reportagens dela tem como foco a presidente da república.
Uma das reportagens sugere que o BNDES deve "financiar" as exportações para a Argentina pagando os exportadores brasileiros. Ou seja, ajudar o governo "cumpanheiro" que afunda. Com bastante transparência, é claro.
E todo mundo é neutro nesta história.