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MÍDIA. Bastidores de uma crise (negada) na RBS. As demissões podem chegar a 250, mas só em novembro

Ainda não se completou, ou ao menos não se tem informações precisas, o processo desencadeado na segunda-feira, com a CARTA do presidente executivo do Grupo RBS, Duda (como ele gosta de ser chamado) Melzer. Se sabe, esparsamente, de nomes graúdos que foram afastados hoje, na principal organização de mídia do Sul e uma das grandonas do país.

Alexandre Bach (que, por sinal, começou na sucursal de A Razão em Porto Alegre, no fim dos anos 80), que fez carreira no grupo e era editor chefe do Diário Gaúcho, foi um dos afastados. E há vários outros, inclusive na sucursal de Brasília, e em outros veículos, especialmente nos jornais, como sucessivas notas do sítio especializado Coletiva.Net informaram ao longo do dia.

Alexandre Bach, um dos afastados pela RBS
Alexandre Bach, um dos afastados pela RBS

O jornal , conhecido por sua capacidade investigativa, garantidora de um punhado de prêmios, inclusive nacionais, produziu hoje uma nota em 20 tópicos, baseada em conversas (sem identificação de fontes, que elas não são bobas) com gente da RBS. E que revelam, de uma certa maneira, além do que acontece no chão de fábrica, também um sinal de estarrecimento com o que está havendo. Mas, e isso é o pior, o processo não estaria completo, o que só acontecerá após a eleição.

Vale conferir, mesmo que seja para a gente ficar ainda mais chateado (vários amigos nossos, afinal, estão/estavam fazendo o seu trabalho e dele são retirados da forma como está se vendo), o material do jornal Já. Lá embaixo você tem também linques para as informações do Coletiva.Net. A seguir:

Cortes na RBS podem chegar a 250

 1 A crise na RBS começou a dar sinais mais evidentes há um mês, com movimentos internos que mostravam aos editores e repórteres que se formava uma tormenta no horizonte.

2 Decisões que eram vendidas externamente como cases de sucesso, internamente viravam pesadelos empresariais. O melhor exemplo é o da TV Rural. Começou mal, com uma turbulenta negociação com Nizan Guanaes, e acabou ainda pior, sendo vendida a preço de banana para a Friboi do Joesley Batista, hoje mais conhecido como o marido da Ticiana Villas Boas.

A atual leva de demissões, 130 agora, terá uma segunda onda, de mais 120 em novembro. O número mágico de 250 degolas é o patamar estabelecido pelos mestres da tesoura da RBS, que precisam fazer caixa. Quedas de tiragem nos jornais do grupo, incluindo ZH e Diário Gaúcho, recomendam as demissões.

A degola só não chegou a 250, agora, por conta das eleições. Era preciso mão-de-obra agora para enfrentar os desafios de uma campanha pesada. Fechadas as urnas, mais 120 serão sacrificados. Ordens da matemática financeira.

A ordem para economizar centrou fogo no time de executivos, funcionários que, além dos altos salários, acumulavam bônus de rendimento ou gratificações que chegavam a 5 ou 10 salários extras no ano. Como a ideia é fazer caixa, mandaram fogo nos caixa-alta.

A demissão dos dois comandantes de dois jornais importantes, Alexandre Bach (Diário Gaúcho) e Ricardo Stefanelli (Diário Catarinense) confirmam esta orientação.

O corte dos dois cargos maiores da mais importante sucursal da RBS – o diretor corporativo Alexandre Kruel Jobim, filho de Nelson Jobim, e Klécio Santos, editor-chefe da empresa – reforça a informação.

Além da economia com os dois executivos de Brasília, a RBS vai economizar com a remoção de Porto Alegre do diretor de Jornalismo, Marcelo Rech, que ocupou a vaga de Augusto Nunes na direção da redação quando o paulista deixou o jornal.

9 Rech deve assumir, em Brasilia, a dupla função de Jobim e Klécio.

10 O Diário Gaúcho, que já trabalhava no osso com apenas 20 jornalistas na redação, agora ficará reduzido a 12.

11 O nome em ascensão na empresa é o de Fábio Bruggioni, que comanda a louvada e.Bricks, decantada por Duda em sua nota de Pandora como a saída de futuro para a RBS…

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3 Comentários

  1. A imprensa esta pintado a crise 200% do que realmente esta ocorrendo, ajudando o aprofundamento da crise nacional, em consequência redução do faturamento das empresas e cortes. Entre eles os gastos com propaganda.
    ISTO SERÁ O MAIOR CASTIGO A UM JORNALISMO PARCIAL EM QUE A EMPRESA TB CITADA NA OPERAÇÃO DE SONEGAÇÃO FISCAL.

  2. Gente… o negócio é a galera demitida começar a fazer aplicativos de celular e tablet pra e.Bricks, pelo menos pra defender o aluguel e o leitinho com álcool.

  3. Estranho, tentei acessar o linque para ler a íntegra da matéria do jornal Já e a página não tá mais disponível.
    Fico imaginando se há um dedo do PRBS (Partido RBS) nisso.

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