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ELEIÇÕES. Não creia em tudo (e nem compartilhe) o que você lê nas redes sociais. A baixaria virou a regra

boatos internetEste editor, faz tempo, toma esse cuidado: simplesmente não compartilha “notícias” políticas que chegam pela internet, mesmo que aparentemente a fonte seja comprovada. Há apenas uma chance em mil de não ser um boato que os guerrilheiros (sem muita ética) da internet tentam impingir. Em tempo de eleição, então, isso virou regra.

O material que você lerá abaixo, publicado originalmente no portal RBA, é de meados de agosto. Eduardo Campos ainda estava vivo. Mas nada mudou desde então. Aliás, piorou, no que toca às redes sociais. E, certamente, você já recebeu (ou leu) coisas como as abaixo, relativas aos candidatos a Presidente.

Uma delas é que o socialista morto era “filho ilegítimo de Chico Buarque”. Pois é. Mas a “evidência” do parentesco seria apenas a cor dos olhos. E isso foi amplificado.

Outra, procurando Dilma Rousseff (a favorita dos boatos irreais, com o perdão da redundância), dava conta que o “PT traria 50 mil haitianos para votar nela”. E sempre há quem acredite ou, pior, dando curso à bobagem.

Aécio Neves também foi vítima. Menos, mas foi. Uma das baixarias dava conta de que ele usava sua filha de casamento anterior para “realizar tráfico internacional de diamantes”.

Enfim, a dica é: primeiro, não acredite. E, segundo, não compartilhe. Estará dando vazão a boatos que até podem dar cadeia, se descoberta a origem. Ah, vale a pena conferir, a proposito, a aludida reportagem, sempre atual, de Diego Sartorato. A seguir, um trecho:

A desinformação e a baixaria podem ser detectadas e evitadas

…Com o início oficial da campanha eleitoral de 2014, no dia 5 de julho, candidatos a presidente da República, senador, governador, deputado federal e deputado estadual ativaram suas páginas nas principais redes sociais, como Google+, Facebook e ­Twitter. O objetivo da presença na internet é centralizar mensagens de estímulo a seus apoiadores e dialogar com eleitores indecisos, apresentar propostas e projetos ou, simplesmente, reforçar nome e número de urna na memória do cidadão. Isso, claro, na superfície. Sob um ambiente republicano e propositivo, onde impera a cordialidade, candidaturas de todas as cores partidárias e ideológicas concentram em torno de si, com anuência das coordenações de campanhas ou não, centrais de boataria que espalham notícias desatualizadas ou fora de contexto, mentiras e maldades pelas redes sociais.

A página boatos.org, dedicada a desmentir fofocas mentirosas que circulam pelas redes sociais como se fossem fato, aponta a presidenta Dilma Rousseff (PT) como principal alvo das mentiras nas redes sociais, com mais de 50 boatos divulgados sobre ela desde 2010, sua campanha anterior. São montagens de foto – como a que apresenta a presidenta exibindo os dedos do meio à torcida do Brasil durante o jogo de abertura da Copa do Mundo –, de vídeos – um deles mostra que um jogador alemão, após sagrar-se campeão do Mundial, teria se recusado a apertar a mão da presidenta– e muitas histórias para lá de suspeitas.

“Ministro das finanças da Suíça humilha Dilma na Europa”, “Dilma traz 50 mil haitianos para votar pelo PT” e “ex-namorada de Dilma entra na Justiça e cobra pensão” são apenas alguns exemplos do tipo de material que busca alimentar preconceitos contra cor da pele e identidade sexual, por exemplo, e prejudicar a imagem da presidenta perante a parcela mais conservadora da sociedade.

Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), candidatos a presidente pela oposição, são menos citados e com menor virulência. Em relação a Campos, a única invenção das redes sociais registrada no site, de tendência neutra, é o de que ele seria filho ilegítimo do compositor Chico Buarque. A “evidência” do parentesco seria apenas a cor dos olhos.

Contra Aécio, a carga é mais pesada: “memes”, como são chamadas as imagens sobrepostas por texto de tom humorístico ou sarcástico, e falsos links o acusam de mover ação contra a cerveja Heineken por ter uma estrela vermelha (símbolo do PT) na garrafa, de menosprezar o voto dos professores e de usar sua filha do casamento anterior, com Andrea Falcão, para realizar tráfico internacional de diamantes…”

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