OBSERVATÓRIO. Há seis anos, eram 2.705 carros novos em oito meses, em Santa Maria. Agora? 3.887
Não custa lembrar
Em 6 de setembro de 2008:
“Carro. E trânsito – Queda de 11% em relação a julho. Ainda assim, o mercado de automóveis em Santa Maria longe está de desaquecer. Em agosto, com dois dias úteis a menos que o mês anterior, as revendas comercializaram exatas 338 unidades, entre carros de passeio e comerciais leves. Não foi o recorde absoluto de julho (com 402), mas a euforia continua. No acumulado do ano, já foram vendidos 2.705 automóveis novos. Ou cerca de 15 por dia.
Não é de graça, assim, que a questão viária esteja na primeiríssima ordem do dia de todos os candidatos competitivos à prefeitura.”
Hoje:
Não há dúvida alguma. Os números não mentem. De lá para cá, aumentou bastante, para ser simplório, o mercado de carros novos na cidade. Mesmo com a queda momentânea (fenômeno, por sinal, registrado também há seis anos, pela coluna) em agosto agora foram 455 unidades emplacadas (12% mais). E, nos primeiros meses do ano, foram 3.887 (31% mais).
Ah, não foram só os números que mudaram para mais. Sim, também o sistema viário entupiu e as exigências são ainda maiores ao poder público – que precisa fazer ao desafio. O que não se pode é abrir mão da renda e dos empregos do setor.
E o aumento no número é incentivo do governo via renúncia fiscal. Zé Povinho fica contente porque "conseguiu comprar seu carrinho" e não reclama do transporte público, só do trânsito.
Nenhum espanto. Quando alguém compra um carro no Brasil dá de presente o valor de outro para o governo. E o dinheiro retorna com melhores estradas ou ambulâncias nas estradas? Não. Ainda tem que pagar IPVA, CIDE, pedágios…
Mas é a tal cousa, muito salário de aspone para pagar.
Infelizmente este número é, em sua grande maioria, de mais carros circulando, e não de renovação de frota. Uma pena. E me surpreende este dado, se pensarmos que o preço do carro novo mais barato parte aqui de 30 e poucos salários mínimos, enquanto temos outros países onde um carro bem melhor do que este basicão brasileiro custaria cerca de 15 salários mínimos (de lá)…