OBSERVATÓRIO. Sartori, a cidade e o ‘fator Schirmer’

Cezar Schirmer no secretariado de José Ivo Sartori? Impossível? Não, que essa palavra não existe em política. Mas bastante improvável. E, com certeza, longe estava de fazer parte do papo testemunhado (e fotografado) pelo colunista em 3 de abril. No final de tarde daquele dia, Sartori (na foto com Schirmer e a diretora do espaço cultural, Ruth Pereiron), no Theatro Treze de Maio, estava mais preocupado em tentar convencer Tubias Calil a concorrer à Assembleia.

Isso, de todo modo, já é história. O que conta, agora, é que o comandante do Palacete da SUCV faz parte do time da transição, junto com outros quatro ilustres do PMDB gaúcho e da copa e cozinha política de Sartori. É o fato que estimula a imaginação (e até os prognósticos) de muitos acerca do futuro de Schirmer.

Se a presença no secretariado é improvável, e as afirmativas de bastidores sobre a possibilidade de Schirmer integrar o Tribunal de Contas do Estado (pós 2917) estejam mais no campo do boato ou do “plantar verde para colher maduro”, embora a cogitação possa virar realidade, há ao menos uma circunstância inegável. E que merece ser, na medida do possível, destrinchada e ampliada.

Qual? Simples: Schirmer vai influenciar em muito na formação do primeiro escalão. É o mínimo que se pode deduzir. Da mesma forma que será dele a última palavra sobre qualquer cargo de confiança em Santa Maria a partir de janeiro. Mesmo que ele, como o colunista ouviu em duas entrevistas esta semana, tenha dito que “conta-se no dedo de uma mão” se ao longo da vida pública dele indicou quem quer que seja para algum cargo de confiança. Então, tá.

Por fim, se há algo que se pode afirmar, com certeza, a partir dessa ida do prefeito para o grupo da vanguarda de Sartori, é que Cezar Schirmer, sim, será protagonista. Já o PMDB de Santa Maria, não. Respeitosamente, não.