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A TRÊS DIAS. Tarso faz questão de dizer que projeto de Sartori é “completamente diferente” do que ele fez

Tarso: queixas, também, em relação ao “cerco midiático” que impediu a divulgação de muitas ações
Tarso: queixas, também, em relação ao “cerco midiático” que impediu a divulgação de muitas ações

O governador Tarso Genro, que deixa o cargo no dia 1º de janeiro, tem ocupado os últimos dias, além das atividades de governo, em conceder entrevista aos principais veículos de comunicação do Estado.

Nesta segunda, por exemplo, a 72 horas de deixar o Palácio Piratini, além de falar com emissoras de rádio, viu publicado um material exclusivo no jornal eletrônico Sul21. Nele, procura deixar claro as diferenças entre o que seria o seu projeto (realizado total ou parcialmente) de governo e o que se anuncia virá, com José Ivo Sartori, pelos próximos quatro anos.

Mas, que diferenças são essas? Ideológicas, por exemplo? De metodologia? E a famosa questão da dívida do Estado. E… Bem, vale a pena conferir a reportagem assinada por Marco Weissheimer, com foto de Caroline Bicocchi/Palácio Piratini. A seguir:

Tarso: “O projeto que eles vão implementar no Rio Grande do Sul é completamente diferente do nosso”

Nos últimos 20 anos, dois modelos de gestão do Estado, com algumas inflexões, alternaram-se no governo do Rio Grande do Sul. PMDB, com Antonio Britto e Germano Rigotto, e PT, com Olívio Dutra e Tarso Genro, representaram esses dois modelos em disputa. No meio deles, houve o governo de Yeda Crusius (PSDB), que radicalizou algumas ideias já presentes nos governos do PMDB. A partir de 1º de janeiro de 2015, o modelo do PMDB volta a ocupar o Palácio Piratini, com José Ivo Sartori. “Nós não sabemos o que o próximo governo vai fazer em relação à economia do Estado. O que já é possível dizer é que o projeto que eles vão implementar aqui no Rio Grande do Sul é completamente diferente do nosso”, diz o governador Tarso Genro, em entrevista ao Sul21. E dá um exemplo: “A primeira medida que tomei quando assumi foi congelar o salário do governador, do vice-governador, dos secretários e dos CC’s e iniciar um processo de aumentos salariais reais para os servidores. O governo que vai assumir fez o contrário”.

Na entrevista, Tarso faz um balanço de seu governo, analisa possíveis causas da derrota eleitoral, aponta a existência de um cerco midiático permanente que teria bloqueado a visibilidade de muitas ações e políticas do governo, e fala também sobre seus planos para 2015. “Quero participar de todos os movimentos que puder em defesa da Reforma Política no país, pela Reforma Tributária, com ênfase especial na questão da taxação das grandes fortunas. Acho que esses temas combinados com a preparação de um programa mais ousado de mudanças no país para 2018 são as tarefas mais importantes deste próximo período”.

Sul21: O senhor tem dito que não pretende liderar a oposição ao governo Sartori no Estado e que vai se dedicar a defender o legado do seu governo. Qual é, na sua avaliação, o legado deste governo?

Tarso Genro: Primeiro, nós deixamos o Estado com uma dívida pública menor do que era quando entramos. Essa é uma modificação extraordinária no panorama do Estado, até porque abre um novo espaço fiscal para novos financiamentos. Em segundo lugar, nós recuperamos a máquina pública do Estado que voltou a estar preparada para construir grandes políticas públicas. Um dos elementos dessa recuperação foi retirar o funcionalismo de um brutal arrocho salarial. Em terceiro lugar, desenvolvemos um conjunto de políticas econômicas no Rio Grande do Sul que mudaram o padrão de renda do Estado. Em 2013, a renda dos gaúchos cresceu o dobro da média nacional.

Isso foi feito por meio de uma política de revalorização do salário mínimo regional, através de programas como o Mais Água, Mais Renda, de subsídios à agricultura familiar, onde o Estado colocou diretamente 100 milhões de reais, recursos do caixa do Tesouro. Foi feito também por meio de programas como o de Microcrédito, que investiu 500 milhões de reais – o maior programa de microcrédito do país -, programas complementares de renda para as famílias mais pobres, como o RS Mais Igual. Implementamos também uma política de atração de investimentos  e de abertura de novos investimentos para empresas gaúchas que dobraram ou quase dobraram a sua produção, como a Stara e a Randon, por exemplo. Trouxemos também um conjunto de investimentos do governo federal para o Rio Grande do Sul que não têm precedentes…”

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4 Comentários

  1. Só que não escrevi que foi pior que Brito ou Yeda. O escrito é "ficou perto". Táticas petistas, distorcem as coisas para as outras pessoas ficarem o tempo todo discutindo o que não existe e se explicando.
    E, preventivamente, já estão desculpando Tarso, o intelectual, do que acontecerá inevitavelmente no futuro. O que ele fez com as finanças do RS, aumentando a dívida, aumentando a burocracia e os cabides, avançando nos depósitos judiciais, não será esquecido.

  2. As mentes cerceadas pelo reducionismo acham que tudo é uma guerra e só existem dois lados, sempre transformando o outro no pior possível. Comentários como o do(a) GEF é exemplo disso. Ora, escrever que Tarso foi pior que Brito e Yeda, tem que ser inocente ou mal intencionado. Por orgulho esquece o passado e não reconhecer o que é bom que está em sua frente. Agora tudo tá quebrado! Nada presta! Francamente espero que o próximo governo não seja tão ruim quanto do mesmo partido que o precederam. E se for haverá inúmeras desculpas imputando ao Tarso seus insucessos, discurso batido este, vira o disco vai e assumam alguma responsabilidade.

  3. Tarso, o intelectual, já vai tarde. Tomara que vá pela sombra. Entre promessas não cumpridas (vide o piso, mas não é só), medidas estapafúdias e quebrar o RS, ficou muito perto de ser um dos piores governadores que o estado já viu.

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