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POLÍTICA. Tarso reage a editorial da RBS. Grupo de mídia estaria “semeando o terror no funcionalismo”

Tarso: cabe ao futuro governador acatar ou não as orientações emanadas pelo Grupo RBS
Tarso: cabe ao futuro governador acatar ou não as orientações emanadas pelo Grupo RBS

O governador Tarso Genro, em entrevista concedida ontem ao jornal eletrônico Sul21, decidiu responder a editorial publicado neste sábado pelo jornal Zero Hora. Falou, de novo, sobre a situação financeira do Estado e acusou o Grupo RBS de estar, de novo, propondo os mesmos caminhos já experimentados nos governos de Antônio Britto e Yeda Crusius, que, no entendimento do comandante do Piratini, penalizaram o funcionalismo, com receitas econômicas radicalmente pró-privatização, entre outras medidas neoliberais – e que não resolveram o problema estrutural do Estado.

Bem, essa foi a interpretação deste editor ao material. Você pode entender diferente. Ou não. De todo modo, vale conferir a reportagem assinada por Marco Weissheimer. A foto é do Feicebuqui. A seguir:

Tarso: pagar salário em dia é dever do administrador. RBS quer a volta do modelo do Britto e Yeda

…O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), criticou neste sábado (6) o receituário indicado pelo jornal Zero Hora para enfrentar os problemas financeiros do Estado. O editorial do jornal neste sábado defende que será preciso “adotar medidas duras e convencer a população de que o sacrifício é necessário”. A jornalista Rosane de Oliveira, por sua vez, afirma em sua coluna que a equipe do futuro governador José Ivo Sartori (PMDB) estaria “assustada” com a situação financeira e não descarta inclusive a possibilidade de atraso no pagamento dos salários dos servidores em 2015.

Em entrevista ao Sul21, Tarso rejeita esse caminho e diz que a RBS está semeando “o terror no funcionalismo, para abrir caminho para medidas amargas, para supostamente recuperar as finanças públicas”. Mas este seria apenas o recado aparente:” o que a RBS está propondo, de fato, é a volta a um caminho específico que eles já conseguiram imprimir, em pelo menos duas oportunidades, com Britto e Yeda”, diz Tarso. E emenda:“os editoriais da RBS têm sido algo como notas do Comitê Central do conservadorismo neoliberal no Rio Grande”.

Sul21A situação financeira do Estado foi um dos principais temas da campanha eleitoral. O jornal Zero Hora afirma neste sábado que a equipe do candidato vitorioso José Ivo Sartori (PMDB) está “assustada” com essa situação e que haveria inclusive um risco de atraso no pagamento de salários. Existe, de fato, esse risco?

Tarso Genro: Na verdade, a Zero Hora deste sábado antecipa um debate que achei que começaria a partir da posse do governador Sartori. Tanto o editorial, que recomenda governar com eficiência e honestidade, como a advertência da sua colunista de política mais importante, que adverte que o risco de atrasar salários é real, tem a finalidade bem aparente de indicar uma nova orientação, para o próximo Governo e, ao mesmo tempo, semear o terror no funcionalismo, para abrir caminho para medidas amargas, para supostamente recuperar as finanças públicas.  Só que este é o recado aparente: o que a RBS está propondo, de fato, é a volta a um caminho específico que eles já conseguiram imprimir, em pelo menos duas oportunidades, com as privatizações selvagens (de estradas e bens públicos), na época do Governo Britto, e com o déficit zero, na época da Governadora Yeda. Cabe ao próximo Governador aceitar ou não estas indicações…”

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5 Comentários

  1. Meu voto ao Tarso me deixa cada vez mais tranquilo em relação à escolha eleitoral. Perdeu. Na minha humilde opinião perdeu o RS. Se a RBS tem a "solução" para o Estado, por que não atuou mais intensamente nos seus governos favoritos – Brito, Rigotto e Yeda?

    Claro que os analistas econômicos e políticos desta empresa de mídia são intelectualmente de segunda ou terceira linha no que tange ao domínio das matérias. Exemplo disso é o último senador que a empresa ajudou a eleger, que de um simples repórter de futebol (R. Guaíba) passou a analista de tudo na RBS (sendo apenas um simples bacharel do Direito, sem exercício da profissão). Assim como falou muitas coisas óbvias, também falou inúmeras asneiras,
    No fundo eu gostaria de ver este "pessoal" atuando diretamente no governo,na ponta de lança, para serem cobrados e imediatamente resolverem demandas históricas do Estado.

  2. Dívida. É assim que se gasta dinheiro que não existe, aumentando a dívida. Algumas contas dizem que a dívida aumentou mais de 13 bilhões. Só dos depósitos judiciais pegaram mais de 4 bilhões. Pode escolher o jornal, não precisa ler nos da RBS.
    Análise não funciona, é empulhação. Maioria abandona ou nunca tem alta.
    Nada contra os filiados do PT, a grande maioria só está lá para obedecer ou para repetir o que mandam falar.
    E o partido? Tem gente séria, cito frequentemente o nome de alguns. Infelizmente a lista está encurtando, saíram muitos.

  3. O GEF deveria procurar um analista para resolver o trauma que tem contra o PT e seus filiados ou ele é muito de direita.

  4. "O dinheiro que não existia e que foi gasto por ele…..Premissa equivocada e de uma irresponsável inverdade.
    Se não existia, como pode ser gasto???
    Outra, o vencedor das urnas sabia o baile de cobras que estava pleiteando acessar.
    O dito grupo midiático, esta à defender seu quinhão.

  5. Tarso, o intelectual não tem jeito. Quer associar a imagem negativa da RBS ao governador que o derrotou nas urnas. O dinheiro que não existia e que foi gasto por ele sai da discussão.
    É só esperar, quando o novo governo assumir vamos ver a real situação do RS. Os fatos sempre se impõe.

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