CHARLIE HEBDO. Edição histórica já está esgotada
POR MAIQUEL ROSAURO
A edição histórica da publicação francesa Charlie Hebdo, lançada uma semana após os atentados em Paris, já está esgotada nas bancas. A esperança é de que mais exemplares sejam disponibilizados amanhã. Confira na matéria do jornal português Público.
“Charlie Hebdo esgotado. Talvez amanhã”
Uma semana depois do atentado sobre a sua redacção, nunca o Charlie Hebdo esteve tão vivo. Em poucas horas os 27 mil pontos de venda em França ficaram sem qualquer exemplar do jornal satírico. A forte procura levou o distribuidor a aumentar a tiragem para cinco milhões de exemplares.
A edição número 1179 do Charlie Hebdo chegou às bancas esta quarta-feira, precisamente uma semana depois do ataque de dois fundamentalistas islamitas que matou 9 membros da redacção. Tudo nesta edição é histórico e são muitos os franceses que querem guardar o jornal.
Pelas 8 horas (7h em Portugal continental) já eram várias as bancas sem exemplares para decepção de muitos clientes, como constataram os jornalistas da AFP e do Le Figaro. Na estação de Auber, no centro de Paris, o Charlie Hebdo aguentou dez minutos no quiosque de Sarah. “Talvez amanhã…”, lê-se num cartaz afixado.
Num quiosque em frente à estação às 6h35 ainda não tinha chegado nenhum dos 75 exemplares, mas o vendedor não estava preocupado. De qualquer forma seriam poucos os que poderia vender esta manhã. “As pessoas reservaram o seu número com antecedência, tenho 70 encomendas”, explicou ao Le Monde.
Foram impressos três milhões de exemplares do Charlie Hebdo, mas independentemente das quantidades presentes nos quiosques franceses, a resposta parece ser sempre a mesma. “É incrível, tinha uma fila de 60, 70 pessoas à frente da loja quando abri. Nunca vi algo assim, os meus 450 exemplares esgotaram-se em 15 minutos”, contou à AFP uma vendedora.
A procura sem precedentes levou a distribuidora a anunciar esta manhã que vão ser impressos mais dois milhões de exemplares.
A capa do semanário foi revelada no início da semana. Uma caricatura do profeta Maomé, sobre fundo verde, com uma lágrima no olho e a segurar um cartaz com o lema das manifestações de solidariedade para com o jornal – “Je suis Charlie”. Em cima pode ler-se “Tudo está perdoado”.
O profeta do Islão é caricaturado apenas na capa, mas no interior da edição há vários desenhos de extremistas. Num dos cartoons, dois terroristas chegam ao paraíso e perguntam pelas 70 virgens, enquanto os cartoonistas mortos do jornal se envolvem numa orgia, descreve o correspondente da BBC em Paris, Hugh Schofield.
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